Os absorventes de pano estão voltando

Versão moderna virou opção de renda e é uma alternativa para reduzir produção de lixo

A EcoNoah – empresa que reintroduziu no mercado montenegrino as fraldas ecológicas – agora está trabalhando com absorventes de pano. Em parceria com um fornecedor catarinense formado por um grupo de mães, ela também comercializa coletores menstruais e segue a mesma linha que deu início ao empreendimento: a substituição de produtos descartáveis em prol da preservação do meio ambiente.

DÉBORA Biachi Falleiro comemora a diversificação do empreendimento

“Nós já somos mais de sete bilhões de pessoas no mundo. Se a gente pensar que metade dessas pessoas pode estar usando absorventes descartáveis, é uma montanha de lixo produzida que leva centenas de anos para se decompor”, avalia a empresária Débora Biachi Falleiro.

Além do benefício à natureza, ela aponta ainda que, ao passo que o gasto com os descartáveis soma um montante de quase R$ 2 mil no período de dez anos, com 150 quilos de lixo gerado, o uso dos reutilizáveis é um positivo investimento. Os coletores saem por R$ 89,00 e os absorventes custam de R$ 24,00 a R$ 27,00.

De pano, os absorventes apresentam diferentes estampas e são vendidos no tipo “cobertura natural” e “cobertura seca”. Débora explica que eles não sugam a umidade natural da pele e não são feitos a partir de nenhum produto químico. Para lavagem, eles apenas precisam ser colocados de molho, enxaguados e, após, passados na máquina de lavar.

A opção do coletor também é uma novidade que, segundo a empresária, está em evidência no país atualmente. Podendo substituir o absorvente, o produto é feito de silicone e, introduzido na vagina, faz a coleta do sangue menstrual por cerca de doze horas. Ele também é lavável e sua vida útil é de dez anos.

“A mulher pode usar o coletor ou o absorvente. Pode depender do fluxo. Eu prefiro o coletor quando eu saio a aí não preciso estar trocando. Já o absorvente, é quando eu estou com mais pressa – porque precisa um pouco de prática para usar o coletor – ou quando eu vou ficar em casa, mais confortável”, explica Débora.

Tendo iniciado há cerca de dois anos – primeiro com as fraldas descartáveis e agora com a expansão do portfólio – a empresária diz que tem recebido o contato de muitos montenegrinos interessados em saber mais sobre os produtos. “É uma questão de mudança de hábito. É algo que, além da preservação da natureza, pesa no bolso. Então eu acho que as pessoas vão mudando de pensamento”, coloca.

Trabalhando com itens que já existiam no passado em formas mais grosseiras e que foram perdendo espaço para suas versões descartáveis, ela destaca que o comodismo e a praticidade acabaram sendo priorizados diante da preocupação com o meio ambiente. “Acabou muito fácil usar, colocar no lixo e se livrar de um problema, sem saber que estava gerando outro”, aponta. Adaptados e com a mudança gradual de percepção, as fraldas e absorventes de pano parecem estar voltando com tudo.

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