Família do bairro Santa Rita precisa de auxílio da comunidade

Com dois filhos deficientes e enfrentando mais um câncer, Vânia pede ajuda

Aos 37 anos, a moradora do bairro Santa Rita Vânia Padilha de Mattos acumula histórias de dificuldades, marcada por problemas de saúde na família. Primeiro, pela condição limitante de dois dos seus filhos, que são deficientes e foram abandonados pelo pai. E os obstáculos se agravaram nos últimos anos, quando ela começou a lutar contra o câncer. Com poucos recursos financeiros, Vânia apela aos montenegrinos por ajuda, pois inclusive está prestes a ficar sem moradia.
O primeiro diagnóstico de câncer foi em 2011, quando Vânia ouviu do médico que tinha um tumor em sua mama direita. Ela passou por tratamento com quimioterapia, mas, dois anos depois, precisou tirar o seio e continuou tomando medicação.

Vânia seguiu com o tratamento e, no ano passado, uma dor muito forte na coluna cervical motivou novos exames. No dia 13 de abril de 2018, ela recebeu a notícia de que precisava iniciar uma nova batalha contra o câncer, desta vez, nos ossos. O diagnóstico mostrou a existência de mais de um tumor, localizado na coluna. Mostrando a cicatriz na nuca, ela conta que a cirurgia ocorreu 10 dias depois.

Após um período de 15 dias de internação, ela recebeu alta para continuar o tratamento em casa. Foram três meses deitada, sem conseguir se mover e usando inclusive fraldas. “Fiquei assim de maio a agosto”, recorda.

Ela mora em um apartamento alugado, no condomínio Érico Veríssimo, no bairro Santa Rita, com três filhos. Regis, 11, e Camila, 10, são deficientes. Embora a idade, eles têm o desenvolvimento de um bebê e são totalmente dependentes. As crianças não falam, nem andam, e usam fraldas. A caçula é Suelem, com 9 anos, que já ajuda a cuidar dos irmãos.

Vânia conta que Regis tinha um ano e Camila estava em gestação quando o pai os abandono. “Ele não paga pensão porque não é encontrado pela Justiça”, afirma a mãe. Com outro companheiro, Vânia decidiu ter Suelen numa tentativa de possibilitar um transplante de células tronco em Regis e Camila e, talvez, melhorar as condições de vida de ambos. “Mas ela não é compatível”, lamenta Vânia, que teve o plano frustrado.

Família recebe benefício, mas renda é insuficiente para manter as despesas
A renda da família é formada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC) das duas crianças deficientes, e a pensão paga pelo pai de Suelem, explica Vânia Padilha de Mattos. O total gira em torno de R$ 2.150,00, mas mais da metade é gasta com aluguel, condomínio, energia elétrica e alimentação. O que sobra é insuficiente para comprar fraldas, leite especial para Regis e medicação para Vânia e as crianças. Além disso, esse valor foi reduzido recentemente, pois ela não está recebendo um dos benefícios.

Vânia esclarece que parte dos remédios dos filhos, do leite e das fraldas são obtidos junto à Secretaria Municipal da Saúde, a “Assistência”, mas não atende à necessidade de um mês. E para sair, precisa recorrer ao serviço de um táxi ou Uber, pois os filhos são cadeirantes e ela também está com dificuldades para caminhar devido ao câncer.

Os problemas financeiros se agravaram nos últimos meses, pois em outubro ela não recebeu o total de benefícios. Vânia diz que não ficou bem clara a razão, mas ao ir à Previdência entendeu que seria alguma questão burocrática, porque ela havia pedido o BPC quando ainda morava em Santo Ângelo. Ela já conseguiu voltar a receber o benefício por uma das crianças, mas o outro ainda está pendente. Sua renda está reduzida para cerca de R$ 1.200,00.

Ela já vinha acumulando dívidas com aluguel devido aos recursos insuficientes e, com a interrupção de um dos benefícios, a situação ficou ainda mais complicada. Com três meses de atraso no aluguel, conta de energia elétrica pendente e sem condições de comprar até mesmo alimentos, ela expôs a situação a conhecidos e acabou conseguindo algum auxílio que amenizou a situação.

Seu maior receio é que seus problemas de saúde se agravem, precise ser internada e deixe os filhos em uma situação difícil. Sua mãe, Margarete Padilha Marnardi, 55 anos, que mora no mesmo prédio, auxilia como pode, mas depende da pensão de um salário mínimo deixada pelo marido, já falecido. Vânia diz ainda que o proprietário do apartamento pediu o imóvel e ela precisa encontrar outro, com aluguel barato e que tenha acessibilidade.

Como ajudar
Vânia precisa de uma casa para morar, pois terá que entregar o apartamento. O imóvel não deve ter escadas porque além de ter dois filhos cadeirantes, ela também tem dificuldades para caminhar. Atualmente, o aluguel, condomínio e água do apartamento chega a R$ 600,00. O novo aluguel não poderia superar esse valor, que já é pesado para ela pagar.
Ela precisa de material de higiene pessoal e da casa.
Fraldas tamanhos XXG e XG;
Um colchão de solteiro
Doações em dinheiro, que podem ser entregue diretamente ou depositado na conta de Vânia Padilha de Mattos, na Caixa Econômica Federal, agência 0504, operação 013, conta 00123053-2
Contato com Vânia pode ser feito através do seu telefone (51) 98474 5702, ou de sua mãe, 99846 6673.

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