Com três embarcações, um grupo composto por membros dos Bombeiros Militares, Pelotão Ambiental da Brigada Militar (Patram) e Defesa Civil esteve verificando mais uma denúncia referente a uma “estrada dique”, no município de Capela de Santana, que estaria impactando nas inundações em Montenegro. A visita técnica ocorreu na tarde do feriado municipal de terça-feira, 24.
Pelo que foi verificado, a enchente teria provocado o rompimento da estrada que funcionaria como espécie de dique, próximo de uma casa destruída pela cheia do ano passado. Isso já tinha sido constatado no ano passado, quando também houve denúncia, mas agora a estrada teria sido feita em novo local, mais para dentro da propriedade.
O comandante dos Bombeiros, tenente Cassius Elias Arejano Pires, ressalta que foi realizada uma ação conjunta, através de vistoria, para verificar possíveis irregularidades. Já o coordenador da Defesa Civil de Montenegro, Clóvis Pereira, diz que se trata de uma medida preventiva, para que sejam adotadas as ações cabíveis.
O vereador Tiago Maratá informa que solicitou a visita ao local para que fosse feito um levantamento, através de imagens. Cita que se for constatado prejuízo aos atingidos pelas enchentes, deverá ser feita uma mobilização junto ao poder público e encaminhada uma ação no Ministério Público (MP).
Outra ação já foi protocolada na Promotoria de Justiça de Montenegro. Também no MP de Portão, que abrange Capela de Santana. E em São Francisco de Paula, município que está a nascente do rio Caí. Também foram feitos abaixo-assinado e caminhada de protesto contra o “dique”. Ele seria erguido para proteger uma plantação de arroz. Ainda no ano passado a Patram apreendeu no local uma máquina escavadeira hidráulica, que estaria fazendo intervenção em área de preservação permanente, visando a construção do dique para represar a água em momento de cheia do rio, com a finalidade de evitar prejuízos na lavoura.
Ainda durante a visita técnica do feriado, foi verificado o assoreamento do rio, desmoronamento dos barrancos das margens e devastação da mata ciliar, o que também pode estar impactando nas inundações.


