Linhas que circulam dentro de Montenegro não oferecem a proteção, uma vez que a legislação não exige este ítem
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (Anti) o uso correto do cinto de segurança reduz em até 75% o risco de morte e lesões em casos de colisão. A informação reforça a preocupação do Detran/RS de expandir o máximo possível o hábito de adotar esta proteção. De fato, o uso do equipamento de segurança é automático para a maior parte das pessoas que viajam de carro, inclusive no banco de trás, mas já não se pode dizer o mesmo dos usuários de ônibus.
O órgão informa também que o uso do cinto de segurança é obrigatório nas linhas intermunicipais e interestaduais. O equipamento reduz a possibilidade e a intensidade de choques contra a estrutura interna do veículo e contra os outros passageiros em caso de acidente. Isso diminui a probabilidade de morte, por evitar que o passageiro seja projetado para fora do veículo em caso de colisão ou freada brusca.
Conforme Aline Riffel, funcionária no setor comercial da Viação Montenegro, os veículos da empresa que circulam dentro ou fora da cidade estão integralmente adaptados às normas. Inclusive, os que fazem o transporte urbano, que não possuem este ítem de segurança. “Em todas as linhas regulares na modalidade comum, não é obrigatório o uso do cinto de segurança. No grupo Vimsa, a única linha em que é necessária a utilização é Montenegro a Porto Alegre na modalidade Direto”, esclarece.
Saiba Mais
– O Código de Trânsito Brasileiro e a Resolução Nº 14/98 do Contran estabelecem os equipamentos obrigatórios para a frota de veículos em circulação;
– para circular em vias públicas, os veículos deverão estar dotados dos equipamentos obrigatórios, como cinto de segurança, a serem constatados pela fiscalização e em condições de funcionamento:
– o cinto de segurança para todos os ocupantes do veículo não é exigido nos coletivos destinados ao transporte de passageiros em percurso que seja permitido viajar em pé (transporte coletivo urbano).
O que você acha do cinto de segurança?
Vilmar Bueno, 54 anos – “Utilizo os ônibus todos os dias e sinto falta dos cintos de segurança nos veículos urbanos. É muito importante ter a opção de se proteger, mas infelizmente os que circulam na cidade não oferecem. Por muito tempo não usava, mas já vi que é essencial.”
Auguel Leon, 51 anos – “Quando vim do Haiti para cá, me surpreendi com a preocupação de algumas pessoas em se sentir seguras dentro dos ônibus. Sempre que entro em um, coloco também para me proteger mais, caso aconteça algum acidente. É muito importante.”
Adão Pereira, 66 anos – “É muito importante disponibilizar o cinto para quem usa o ônibus de todas as linhas, mas também é preciso que os passageiros façam o uso. Sempre que disponível, as pessoas devem utilizar, pois ele traz muito mais segurança aos usuários na hora de viajar.”
Édson Strack, 32 – “O uso do cinto de segurança faz toda a diferença numa viagem, por isso sempre coloco e digo para outras pessoas colocarem. É importante que todos os veículos estejam equipados com a proteção para que todos os passageiros possam usar.”
André Emerson dos Santos, 37 – “Faço uso do cinto de segurança quando tem, mas já andei em vários ônibus que não tinham. Nos que circulam dentro da cidade, eu não lembro de ter visto algum com cinto de segurança. O problema é que as pessoas não se preocupam e, muitas vezes, não usam a proteção nem dentro dos carros.”
Eliane Flores, 48 anos – “Acho que é fundamental que todos os veículos possuam o cinto de segurança, pois um acidente pode acontecer em qualquer lugar e a qualquer hora. Eu me sinto desprotegida quando entro em um ônibus e não tenho a opção de usar esta proteção. Acredito que todos deveriam ter, não importa o roteiro.”
Maria da Silva, 83 anos – “É uma das coisas mais importantes dentro de um ônibus. O problema é que acontece muita depredação nos veículos. Em diversas vezes já vi jovens arrebentado os cintos por pura diversão. Isso deve ser mais fiscalizado, para que os passageiros tenham o direito de viajarem com mais segurança.”
Aline Becker, 37 anos – “É fundamental ter o equipamento em qualquer veículo, não importa tamanho e trajeto. É o mínimo de segurança que os passageiros têm. Logo que sento no banco de ônibus coloco o cinto de segurança por precaução. Em um acidente ou em uma freada brusca, o uso do dele pode salvar sua vida.”
