Centro de Referência da Mulher está perto de se tornar realidade

NECESSÁRIO. Local dará suporte emocional e orientação jurídica às vitimas de violência

A administração Municipal de Montenegro encaminhou à Câmara de Vereadores projeto de lei pedindo anuência do Legislativo para investir R$ 77 mil na criação do Centro de Referência da Mulher. O documento, remetido na quinta-feira, dia 28, recebeu parecer favorável do setor jurídico da Câmara, nessa terça-feira 2, e deve ser apreciado pelos vereadores em breve. O local promete empoderar mulheres em situação de violência para que se libertem do agressor.

Conforme o Executivo, dos R$ 77 mil a serem investidos, R$ 65 mil virão do Governo do Estado. O serviço será instalado no prédio da Secretaria municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania, na Rua Apolinário de Moraes.

O Centro de Referência será voltado à prevenção e ao enfrentamento à violência de gênero. O local deverá oferecer atendimento psicológico, social e de orientação e encaminhamentos jurídicos necessários à superação da situação de violência. Além de atendentes, a equipe terá pelo menos um psicólogo e um assistente social, entre outros profissionais.

O Centro de Referência será instalado na sede da secretaria de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania. Foto: ACOM/Prefeitura de Montenegro

O secretário municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania, Luís Fernando Ferreira justifica a importância do Centro de Referência. “Infelizmente, Montenegro tem índices elevados de agressões domésticas e muitas mulheres querem fugir desse quadro, mas não se sentem amparadas. Essa iniciativa pretende minimizar o problema”, diz Luís.

Conforme o prefeito Gustavo Zanatta, o Centro será um espaço estratégico da política de enfrentamento a este problema social. “A atuação será articulada com as instituições governamentais que integram a Rede de Atendimento às mulheres vítimas de agressões físicas e psicológicas”, explica o prefeito.

Violência doméstica
De acordo com a diretora de Assistência Social, Carliane Pinheiro, em 2021, houve 254 registros de ameaças contra mulheres, 106 de lesões corporais, 21 estupros e duas tentativas de feminicídio. No Rio Grande do Sul, somente em 2022, 55 mulheres já perderam a vida. “É importante ressaltar que existem muitas subnotificações. É grande a quantidade de mulheres que sofre e não denuncia”, ressalta a diretora.

Últimas Notícias

Destaques