INICIATIVA. Participantes conheceram um pouco da rotina da corporação
Que tal a experiência de passear pela cidade em um caminhão de bombeiros? Ou ser erguido a mais de 30 metros de altura por uma plataforma elevatória e ainda fazer rapel? Essas e outras atividades fizeram parte da programação doDia de Bombeira Voluntária promovido pela corporação dos Bombeiros Voluntários de São Sebastião do Caí.

A iniciativa alusiva ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no domingo, 8 de março, abriu vagas para que 15 mulheres pudessem conhecer de perto a estrutura da corporação, a função dos veículos e equipamentos do quartel, além de experimentarem o uniforme usado pelas bombeiras em casos de incêndio, e ainda receber o carinho dos membros da corporação.
Na ocasião, o efetivo feminino foi convidado pelo comandante Anderson Jociel da Rosa (que também é presidente da Associação de Bombeiros Voluntários do RS), para dar as boas-vindas ao grupo. A mulherada tomou conta do quartel desde as 7h, com o início do plantão formado unicamente por bombeiras. Na parte da tarde, o grupo se dividiu para mostrar às visitantes como as coisas funcionam por lá. O dia foi tranquilo, sem receber chamadas de emergência.
Segundo o comandante, a entidade tem como característica a inserção social. Em uma data tão especial para as mulheres, o comando encontrou uma forma de prestar homenagens e atrair novos olhares. “É uma forma de homenagearmos as nossas bombeiras voluntárias e também as mulheres como um todo. A gente teve a iniciativa de convidar e trazer pessoas da comunidade para vivenciar como é o dia de uma mulher bombeira, que em nada difere de um bombeiro masculino”, comenta Anderson.

Dos 48 bombeiros voluntários atuantes em São Sebastião do Caí, 17 são do sexo feminino. O número é considerado significativo e há tendência de aumento. “Quem sabe com essa iniciativa consigamos captar novas voluntárias para o nosso quadro. O número de bombeiras vem crescendo em todo o Estado e nós queremos incentivar esse trabalho da mulher na área bombeiril”, acrescenta o comandante.
Atividades aumentaram a adrenalina das mulheres
A primeira atividade fora do quartel foi um passeio pelas ruas do Caí. Enquanto um grupo de mulheres vivenciou a experiência de se deslocar em cima do caminhão, outro foi na cabine observando a técnica da condutora Juliana Barcella, de 31 anos.
Pelas vias o grupo chamou a atenção da comunidade. Crianças e adultos interagiram com acenos. “Vou levar essa experiência para minha vida. Como é bom saber que o trabalho voluntário é feito com amor, carinho e que ajudar não tem preço, só retorno”, destacou a jovem Aline Graziele de Souza, 26 anos.
O passeio de caminhão foi só para esquentar, embora calor não tenha faltado na escaldante tarde de domingo, mas nada que causasse desânimo no grupo. As bombeiras e suas convidadas também foram o centro das atenções para quem passou pela ERS-122. Isso porque lá, a plataforma elevatória da corporação proporcionou a chance de “quase tocar o céu”. A mulherada, amparada pelos mais experientes, subiu a mais de 30 metros de altura e algumas ainda participaram da técnica de rapel.
No retorno ao quartel, um coffee break esperava pelas corajosas damas que participaram do Dia de Bombeira Voluntária. No refeitório, elas receberam um mimo e a mensagem de despedida do comandante.

Um dia que ficará marcado na memória
Para Jéssica da Cruz, 20 anos, o Dia de Bombeira Voluntária foi de grande valia. “Foi muito importante conhecer o trabalho dos bombeiros voluntários, como funciona a sua rotina no quartel, e saber que tem mulheres presentes nesta função, que inspiram muitas outras a seguirem por este caminho também”.
Juliana Barcella é uma dessas mulheres que servem de exemplo para outras que desejam ingressarem no serviço voluntário. Ela já está na instituição há cinco anos e garante que pretende ficar por lá um bom tempo. Para Juliana, qualquer pessoa que goste de ajudar o próximo, com treinamento e dedicação, pode se tornar bombeira voluntária.
Mariluz de Azevedo, 45, inspira-se na colega mais experiente. Ela chegou ao grupo em outubro de 2019 e está satisfeita com as oportunidades que estão surgindo. “É uma experiência maravilhosa. Além de ajudar a comunidade, a gente ganha muito como pessoa”, comenta.
Luciana Mara Sell,40, adorou a oportunidade e não descarta a possibilidade de se tornar membro da instituição. “Quando fiquei sabendo, logo procurei minha colega de trabalho, que é bombeira voluntária, e perguntei se poderia participar e como funcionaria. Estou muito feliz e realizada”. Para Edinéia Karlinski, 32, esse foi o primeiro passo para quem almeja se tornar bombeira. “Agora só seguir os demais”, conclui.