Após invasões, direção quer policiamento noturno em escola

Só em 2017, a Escola Jorge Guilherme Moojen foi arrombada quatro vezes

A direção da Escola Estadual Dr. Jorge Guilherme Moojen, de Montenegro, busca medidas para coibir ações criminosas que vem ocorrendo repetidamente em sua sede. No ano passado foram registrados quatro casos de invasão ao prédio, em um deles, até as câmeras de monitoramento foram levadas pelos ladrões.

A vice-diretora da escola, Maria Adelita Vargas, relata que alunos e professores do educandário estão cansados de ver a cena dos arrombamentos se repetir. Em 2017 foram quatro registros de invasão ao prédio. Já este ano, na quinta-feira da semana passada, dia 25, uma nova tentativa de entrada na escola foi frustrada pela Brigada Militar.

A polícia flagrou C.S.A tentando entrar na escola, localizada na estrada Antônio Inácio de Oliveira, no bairro Aeroclube, através de uma das janelas da cozinha. As câmeras do circuito de monitoramento filmaram a ação do indivíduo. Desta vez, ele não obteve êxito em seu propósito, mas seus antecessores sim.

Equipamentos de filmagem e alarmes não estão sendo suficientes para inibir as ações dos bandidos. Por isso, com o objetivo de interromper o circulo vicioso instalado pelos larápios, a vice-diretora relata que a direção da escola busca o apoio da Brigada Militar para ter em suas instalações o programa Policial Residente. A iniciativa consiste em manter um policial militar durante todo o período da noite. O Ibiá tentou contato com o comandante da Brigada Militar de Montenegro, Major Giordano, para tratar do pedido, mas não o localizou.

Também na semana passada, o Colégio Estadual Dr. Paulo Ribeiro Campos, o Polivalente, localizado no bairro Timbaúva, também recebeu uma “visita” indesejada. O foco da ação também foi a área do refeitório.

Os arrombadores bagunçaram o local e consumiram alguns mantimentos. Foram furtadas uma garrafa térmica e lâmpadas elétricas. A última invasão ao local ocorreu em janeiro do ano passado.

Furtos impedem compras
Após a série de arrombamentos sofrida em 2017, a direção da instituição de ensino mandou lacrar grande parte das janelas do prédio com chumbo. A cada tentativa de invasão, ficam sinais de depredação ao patrimônio público que precisam ser reparadas, e para isso, é preciso recurso financeiro.

A quebra das vidraças é uma das principais marcas deixadas pelos invasores. A cada tentativa de arrombamento, a direção precisa providenciar novos vidros para as basculantes. Adelita ressalta que com o dinheiro gasto nos reparos seria possível promover melhorias na área da educação, por meio da compra de material pedagógico ou para a secretaria, ou ainda na própria estrutura física da escola. “É uma situação recorrente e bem difícil”, lamenta.

As janelas perdem a função

Para evitar a entrada dos ladrões, a escola acaba sem ventilação

As janelas têm sido o principal acesso dos bandidos ao educandário. Mesmo tendo um pequeno espaço para passagem, eles se arriscam entre os cacos dos vidros quebrados e entre as grades retorcidas.

Mas agora a situação está mudando. As janelas, que já eram gradeadas, também estão chumbadas e dessa forma exigirá muito esforço de quem quiser tentar arrombá-las.

O problema é que quem sai, mais uma vez, perdendo com essa situação são aqueles que deveriam estar em paz e com o mínimo de conforto possível para aprender, os alunos. O lacre das janelas faz com que estas percam uma de suas principais funções, ventilar o ambiente. A vice-diretora conta que, por vezes, a sensação é de estar em uma prisão. Enquanto quem deveria estar preso está livre respirando ar puro nas ruas da cidade.

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