Tendo a terra como moradia e sustento

Miguel tem a responsabilidade de cuidar dos bichinhos

Na divisa entre as comunidades rurais de Rua Nova e Calafate, uma herdeira do respeito pela terra teve visão de negócio inspirada na tênue fronteira entre o campo e a cidade. Juliana Vieira Santos, 40 anos, e o esposo Leandro de Souza Santos, 42 anos, transformaram a propriedade em um Colhe e Pague, cujo clima bucólico permite interpretar que pareça um ‘parque temático’ para aqueles que vêm colocar a mão na terra e andar entre os bichos de criação.

A história de fato começa como pai da empreendedora, senhor Edgar Ayres Vieira, um líder comunitário que foi homenageado nomeando a estrada que passa em frente à porteira. Juliana se criou na Rua Nova e jamais pensou em deixar sua história para viver na cidade. “Já trabalhei fora, no comércio. Mas depois que meu pai faleceu fiquei aqui”.

Ela considerou também a qualidade de vida que pode oferecer aos filhos Filipe, 14 anos, e Miguel, 5 anos. O mesmo benefício da vida ao ar livre e puro acredita que faz bem aos seus clientes. Em geral são famílias que procuram a experiência do Colhe e Pague, sendo que a ‘molecada’ é quem mais aproveita. “Ter este convívio, este contato co a terra. Saber de onde vem o ovo, a verdura”, observa Juliana.

Alface Crespa sem veneno e colhida para o almoço de domingo

“A agricultura que acaba escolhendo a gente”
Toda a família Vieira Santos pega “no batente”. Filipe ajuda a mãe na banca da Casa do Produtor Rural. O pequeno Miguel é responsável pelos bichinhos da propriedade, tratando as galinhas e os leitãozinhos.
Atualmente o pai precisa trabalhar fora, fazendo “bico” no setor de transporte para complementar a renda familiar. “Enquanto está fraco aqui”, argumenta. O fato é que as coisas ainda estão voltando ao lugar na pós-pandemia, somado a baixa procura pelo Colhe e Pague no Inverno.

Viver no campo, ao ar livre, garante saúde; e, para o Miguel, muita diversão

O casal se organizou da seguinte forma: Juliana realiza as atividades que pedem menos força, como plantar, cultivar, colher e vender. Leandro, nos finais de semana, faz o mais pesado, como virar a terra. “Mas é um dia bem corrido, que envolve bastante tempo”, faz questão de salientar a agricultora.
O casal não vai forçar os meninos a seguir na agricultura, mas dá essa opção. “Tu não escolhe a agricultura! A agricultura que escolhe a gente, para semear, pra desenvolver a planta”, ilustra Leandro. Ele explica que estão ensinando a arte de tirar o sustento da terra, caso um dia algum dos filhos venha a precisar.

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