Grupo de teatro foi fundado em 1988
O Renascença Cia de Teatro completou, no último domingo, 5, 35 anos de história. Desde 1988 o grupo vem contribuindo para o fomento e descentralização da arte e da cultura na região. Everton Santos, um dos fundadores do Renascença, conta que o grupo nasceu de estudantes e egressos do ensino médio, inquietos por revitalizar o movimento teatral em Montenegro e no Vale do Caí. “Desde sua criação, viabilizamos atividades teatrais gratuitas nas comunidades rurais, nos bairros e nas escolas de periferia para melhor acesso ao público de todas as idades e sem distinção”, afirma.
Os trabalhos do Renascença são autorais e o grupo realiza a própria produção artística. A estreia foi no Teatro Roberto Atayde Cardona, em 1988, com a peça “Pialo de Sangue”, drama autoral inspirado na composição homônima do músico portoalegrense Raul Elwanger, envolvendo teatro, música e poesia. “Três meses depois, realizamos a abertura do tradicional Festival Estadual de Teatro de Novo Hamburgo, com a comédia “A Família Birolha”, como espetáculo convidado”, lembra Everton.
O Renascença é formado por artistas, estudantes e professores de teatro. Atualmente, possui seu próprio espaço, o Teatro Garagem, onde são realizados treinamentos, ensaios, gravações de vídeo teatro e apresentações. “A equipe realiza treinamentos sistemáticos de investigação dos recursos corporais, compartilhando experiências entre os atores e renovando sua linguagem”, pontua Everton.
Com os impactos da pandemia de Covid-19, as plataformas digitais se tornaram ferramentas indispensáveis no contato com o público. Conforme Everton, a equipe se adaptou e passou a se dedicar também à produção de vídeo teatro. Hoje o grupo mantém um canal o Youtube e redes sociais ativas, por onde compartilha o seu trabalho.
Comemoração será com espetáculo
Os 35 anos do Renascença Cia de Teatro serão celebrados na abertura da Castro Alves – Rua da Poesia, com o espetáculo “Geferson”. O enredo traz um rapaz negro bem sucedido que se vê em conflito consigo mesmo pela dificuldade de viver quem ele realmente é dentro de uma sociedade geradora de rótulos. A apresentação acontece no dia 10, a partir das 23h55min, na rua Castro Alves, no bairro Ferroviário. A coordenação cênica é de Everton Santos e Neiva Azevedo, com atuação e texto de Henry Adriel.