Reuniões com vice-governador e ministro das Cidades buscam liberar verbas
Lideranças políticas do Vale do Caí se reúnem hoje, às 14h30min, com o governador em exercício José Paulo Cairoli para tratar do projeto de minimização dos efeitos das cheias do Rio Caí. O objetivo é buscar apoio para que a verba necessária para realizar o projeto executivo – cerca de R$ 7 milhões – seja liberada pela União. Com o mesmo objetivo, representantes da região irão participar de encontro no Ministério das Cidades, em Brasília, na próxima terça-feira, dia 13, com o ministro Bruno Araújo.
A audiência em Brasília foi marcada pelo senador Lasier Martins (PDT), com quem um grupo de lideranças de Montenegro, Pareci Novo e São Sebastião do Caí se reuniu na última sexta-feira. O encontro na capital federal terá a mesma pauta que o de hoje: reivindicação da liberação de recursos para execução de projeto de contenção das águas na região.
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Caí (Codevarc), Alzir Aluisio Bach, em 2015, a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), após realizar um estudo de alternativas para minimização do efeito das enchentes do Rio Caí, iniciou a tramitação junto ao Governo Federal, sendo o projeto técnico aprovado e precisando apenas da liberação da verba.
“Em 2015, não se conseguiu (a liberação da verba) e 2016 foi um ano perdido em razão do corte de gastos e do Impeachment. Então, este ano, recomeçamos a mobilização política”, destaca Alzir. Ele salienta que, além do senador, deputados federais também dão apoio para que a verba seja liberada. O presidente do Codevarc destaca ainda que o ambiente está bastante positivo na região, com os município trabalhando junto. “Tem que ser uma solução coletiva e vamos batalhar para conseguir liberar o recurso”, garante o presidente da entidade regional.

Projeto deve ser integrado à macrodrenagem metropolitana
O problema enfrentado com as enchentes não é exclusividade do Vale do Caí. Na região Metropolitana existem dois projetos de minimização dos efeitos das cheias, um do Rio dos Sinos e outro do Rio Gravataí. Eles fazem parte da chamada macrodrenagem metropolitana e as obras a serem realizadas no Rio Caí devem ser inseridas nesse projeto maior, segundo Alzir.
No estudo feito pela Metroplan, chegou-se à conclusão de que entre as possibilidades para reduzir os efeitos das enchentes estavam a construção de barreiras, diques ou de um corta-rio. O documento apresenta uma hierarquização das alternativas, levando em conta a viabilidade financeira, técnica, social e ambiental. Para Montenegro, a opção número um seria a construção de um corta-rio associado a um dique de proteção.
Para Pareci Novo, o estudo apresenta como melhor alternativa a construção de um dique de proteção junto à área urbana. A mesma solução seria utilizada para minimizar os danos das cheias nas localidades de Matiel, Bananal e Várzea. Para São Sebastião do Caí, o documento aponta a construção de um dique de proteção contornando a cidade como a ação mais efetiva.
No que diz respeito à ERS-124, que frequentemente tem trecho bloqueado em razão das águas que invadem a pista, o estudo feito pela Metroplan aponta como solução a construção de um dique de proteção, mas sugere a avaliação junto ao Departamento Autônomo de Estadas de Rodagem (Daer) no sentido de estudar a possibilidade de elevação do greide da rodovia, que passaria a funcionar como um dique de proteção.