PRÉDIOS históricos sofrem há anos com problemas estruturais
A reforma dos prédios do Museu Histórico Municipal Nice Antonieta Schüler e do Arquivo Histórico Municipal, localizados em frente à Estação da Cultura, está mais próxima de acontecer. O projeto realizado pela arquiteta Letícia Tonietto, da Secretaria Municipal de Gestão Planejamento, foi concluído e agora aguarda análise do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae).
Conforme a diretora de Patrimônio Histórico e Cultural do Município, Simone Schardong, foi em 2018 que surgiram os primeiros problemas. “Começaram as goteiras, algumas paredes com muita umidade e o piso com o rejunte soltando. Hoje, o maior problema é o telhado”, comenta. O local sofre, ainda, com a deterioração no forro de madeira, além de infiltrações, falhas no reboco e na pintura. Já o prédio do Arquivo Histórico Municipal necessita de melhorias principalmente nas paredes, que sofrem com a ação da umidade.
Atualmente, a parte da frente do prédio do Museu Histórico Municipal está interditada, em razão dos problemas estruturais. Por isso, o local segue recebendo visitas apenas por agendamento. “A ideia é tornar o Museu e o Arquivo ambientes mais agradáveis, porque se a gente olhar, eles não estão atrativos, nem por dentro nem por fora”, declara a diretora do Dipahc.
Para Simone, o cuidado com o patrimônio é fundamental, porque os dois prédios concentram boa parte da história da cidade. “O Museu continua recebendo visitação, principalmente de escolas, mesmo com uma parte interditada. Temos feito tudo o que é possível para manter em funcionando por agendamento. A reforma vai trazer mais vida para o espaço, queremos logo estar com as portas abertas para a comunidade novamente”, enfatiza. Os agendamentos para visitas podem ser feitos pelo email [email protected], ou pelo telefone 3632-1987.
Reforma deve acontecer no próximo ano
A expectativa da equipe que trabalhou no projeto de reforma do Museu e Arquivo Histórico Municipal é que a licitação aconteça até o fim deste ano. Conforme a arquiteta Letícia Tonietto, o projeto contempla intervenções como troca de vidro de janelas, troca de soleiras das portas, e restauro de pintura. Também estão previstas adequações de acessibilidade e troca de calçadas e de rejunte do piso.
Mas a maior intervenção nos prédios será a troca da cobertura, calhas e do forro, que serão totalmente substituídos. Os problemas no telhado e forro são mais graves no prédio do Museu Histórico, que está parcialmente interditado. “Não é uma reforma simples, porque é um prédio tombado, então precisa ter todo um cuidado especial. Por ser um prédio histórico, temos que manter as características originais”, pontua Letícia.
Conforme a arquiteta, após a licitação e início da ordem de serviço, a previsão é que a obra seja concluída em até cinco meses. A reforma deve ser realizada com recursos próprios do Município. “Esperamos o retorno do Iphae o mais breve possível para darmos andamento ao projeto nos próximos meses. O ideal é abrir o processo licitatório ainda este ano, para a obra acontecer em 2024”, conclui Letícia.