SOPLOS INSTITUTO lança ação de reconstrução no pós-enchente
Criado para promover e desenvolver projetos de impacto social, o Instituto Soplos lança seu primeiro projeto com foco nos idosos afetados pelas enchentes de maio deste ano. O projeto já aprovado, através de Lei Federal que garante os Direitos da Pessoa Idosa, conta com o apoio do Conselho Municipal do Idoso e está em busca de empresas parceiras. Com aporte de recursos recebidos através do Fundo Municipal do Idoso, o projeto permitirá dedução fiscal total e está orçado em R$1.838.000,00.
Alex Mello, presidente do Instituto Soplos, explica que o Projeto-Arco Íris surgiu da necessidade de auxiliar idosos que sofreram prejuízos materiais, emocionais e psicológicos devido à catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul. Estudos indicam que pessoas idosas são particularmente vulneráveis em situações de emergência. O declínio da capacidade funcional, doenças, abandono e maus-tratos contribuem para a redução da resiliência desse grupo. Diante desse cenário, o Instituto apresenta o Projeto, que visa ações de reconstrução e recuperação para a população idosa em Montenegro, buscando mitigar situações de vulnerabilidade.
Na prática, além de receberem melhorias na estrutura de suas casas, cada idoso beneficiado pelo projeto receberá uma cesta básica mensal, contendo alimentos não perecíveis, produtos de limpeza e higiene pessoal. As cestas serão entregues nas residências durante a primeira semana de cada mês, por 12 meses.
Está prevista também a contratação de psicólogos e assistentes sociais para atendimento domiciliar ao público-alvo, considerando que muitos idosos têm dificuldade de deslocamento para consultas. Cada idoso residente na casa terá direito ao atendimento. Ao todo, na primeira fase do projeto, 100 lares serão selecionados.
“Estamos na fase de captação de recursos. Temos muitas empresas nos ligando para saber mais. Não captamos ainda, o projeto foi aprovado na semana passada, então não houve tempo para isso. Mandamos o esboço para várias empresas e já está em análise”, diz Alex.
“Ao invés de tirar dinheiro do bolso, o empresário vai direcionar parte do imposto, que depois será descontado de seus impostos. Assim, a empresa ajuda com dinheiro que é do governo, não deles. Para a empresa, não há custo”, explica. “É uma ferramenta totalmente nova. Se der certo, é um case para o Brasil”, afirma o presidente do Soplos.
Paralelamente ao Arco Íris, há outros projetos sendo desenvolvidos pelo Soplos com foco em suprir necessidades ocasionadas pelas cheias na região. Esses serão apresentados pelo Instituto em breve.
Soplos Instituto
Conforme Alex Mello, o Soplos Instituto é uma ferramenta criada para resolver problemas da comunidade. No primeiro momento, o foco é local, mas a ideia é expandir para outras cidades. “Há bastante tempo estamos estruturando um instituto para executar projetos através dele. Não tínhamos lançado oficialmente, pois estávamos montando alguns projetos em várias leis de incentivo”, conta o gestor. “Quando estávamos com toda a documentação pronta e começamos a montar os projetos, veio essa catástrofe natural. Paramos tudo que estávamos fazendo e o primeiro projeto que lançamos foi para atender aos idosos afetados pela enchente, pois era uma necessidade urgente”, pontua.