O prefeito de Pareci Novo, Alexandre Barth, acompanhado pelo vice-prefeito Fábio Schneider, participou do programa Estúdio Ibiá, quando respondeu questionamentos sobre o seu governo. Os gestores destacaram ações já realizadas e projetos que estão em andamento.
O combate à estiagem e à seca aparece como desafio para a dupla. Barth destaca que, desde que assumiu a gestão de Pareci Novo, diversas iniciativas foram adotadas com o objetivo de diminuir os problemas causados por esses fenômenos naturais.
“Priorizamos a abertura de açudes. Foram mais de 40 construídos utilizando nosso próprio maquinário”, relata o prefeito. Além disso, segundo Alexandre, o município recebeu recurso estadual de mais de R$ 200 mil, utilizado para terceirizar equipamentos e construir outros 10 açudes para produtores cadastrados no programa de destinação.
Barth também mencionou a construção de um grande açude em área pública, a aquisição de um tanque pipa para levar água aos produtores, em caso de necessidade, e a perfuração de novos poços para garantir água potável.
Um desses poços, instalado no bairro Municipal, abastece a área central da cidade. Além disso, a prefeitura tem projeto, junto ao governo estadual, para melhorar a infraestrutura de água potável na área urbana, substituindo a rede antiga que não atende mais à demanda da cidade em crescimento.
O vice-prefeito Fábio destacou que Pareci Novo está preparada para enfrentar a seca e a estiagem, enfocando especialmente no abastecimento de água para os viveiros e floriculturas. Ele ressaltou que, embora não seja possível atender a todos os produtores, o Governo priorizou a distribuição de água para esses locais por serem as principais atividades do Município. Também mencionou programas estaduais que vão beneficiar produtores rurais com caixas d’água maiores.
Por outro lado, o prefeito Alexandre observou que, devido às chuvas regulares deste ano, a situação foi enfrentada de forma mais tranquila que em anos anteriores .
Reclamações sobre falta d’água
Munícipes reclamam da interrupção no fornecimento de água que chega a durar até dois dias, devido à realização de limpezas em poços e caixas d’água. Em resposta às críticas, o vice-prefeito Fábio Schneider esclarece que as manutenções são programadas anualmente, sendo realizadas duas vezes ao ano. O período escolhido para esses procedimentos varia conforme a contratação da empresa responsável pela execução do serviço, mas coincide geralmente com os meses mais quentes do ano.
A contratação da empresa executora dos serviços é feita através de licitação. O objetivo da manutenção é garantir o adequado funcionamento dos poços e a eficiência no fornecimento de água à população.
Segundo Fábio, a última interrupção no abastecimento se deu para a regularização dos poços mais recentes. O serviço envolve o desligamento temporário dos poços para testes de vazão, necessários para a obtenção de autorizações junto ao Departamento de Recursos Hídricos do Estado. Ele relata que a prefeitura emite comunicados por localidade, informando sobre os períodos de desligamento, que geralmente duram 24 horas.
O prefeito Alexandre destaca que, em alguns casos, a falta de água se dá em função de problemas na rede. A profundidade dificulta a localização do problema, o que demanda mais tempo até o reparo e reabastecimento. Contudo, há um projeto para substituição da tubulação, que deverá sanar os transtornos.
300 famílias recebem auxílio das cheias
Em relação ao benefício para vítimas das enchentes e aos prejuízos causados pelo evento no município, o prefeito Alexandre destacou que foi realizado chamamento para distribuir o valor de R$ 1.500 por moradia que sofreu perdas, beneficiando cerca de 300 famílias.
Já o vice-prefeito Fábio ressaltou os impactos na agricultura, especialmente na citricultura, estimando prejuízos próximos a R$ 10 milhões. Ele mencionou as cheias de junho e novembro, que comprometeram até mesmo a safra de de citrus de 2024.
Alexandre acrescenta que o suporte recebido veio do Governo do Estado, com um cadastramento na Defesa Civil que resultou em R$ 400 mil na primeira etapa, além da expectativa de mais R$ 45 mil de verba ainda a ser liberada. Pareci não recebeu recursos do Governo Federal.
Melhorias para ERS 124
Em relação a possíveis melhorias na ERS 124, o prefeito lembra que se trata de uma responsabilidade do Governo do Estado, mas afirma que o Executivo tem se mobilizado para que o local passe a ter mais atenção dos responsáveis.
Alexandre relata que, após a enchente de novembro, foi realizada reunião com o vice-governador Gabriel Souza, juntamente com o prefeito do Caí. Na ocasião, foi solicitada a instalação de galerias nas localidades do Matiel e Várzea, onde a água tende a represar e não escoar adequadamente para as várzeas. O vice-governador e representantes do DAER se comprometeram a tomar medida até o segundo semestre deste ano para resolver a questão. Além disso, na semana passada, ocorreu a pintura na sinalização de algumas partes da ERS 124, e há previsão para o recapeamento do asfalto.
Pré-candidato
Questionado sobre concorrer ao cargo de prefeito, o vice Fábio Schneider afirmou que seu nome está à disposição. “Sou pré-candidato escolhido pelo grupo. Estamos trabalhando pelo melhor para Pareci Novo.”
Executivo responde
O prefeito e seu vice responderam perguntas encaminhadas por moradores de Pareci Novo, são elas:
Perguntas de Terezinha Follmann:
Por que as obras que estavam praticamente paradas até o final de 2023 agora estão a todo vapor?
Alexandre Barth: “Quando se faz a licitação, a empresa tem prazo para início e fim da obra. Não adianta a Administração querer fazer pressão, finalizando dentro do prazo estipulado, está tudo certo. As empresas estão com muito serviço e pegando um pouquinho em cada lugar. Temos 12 ruas já licitadas, algumas obras em andamento, outras já finalizadas, e outras cinco que serão licitadas nos próximos dias. São 17 ruas que iremos licitar e finalizar até o final de 2024”.
“Justifique o hallowenn nas escolas”
Alexandre Barth: “O halloween nas escolas é uma coisa de tantos anos. Não vejo motivo para não se ter. O município também promove atividades relacionadas a valorização da cultura alemã, que envolve toda a comunidade.”
“Terá banheiro unissex nas escolas?”
Alexandre Barth: “Isso não chegou a mim ainda. Não sei se vejo necessidade, estamos bem estruturados com banheiros masculinos e femininos.”
“Por qual motivo tem fila de espera para colocar crianças nas escolas?”
Alexandre Barth: “Existe uma lei que determina o número de crianças por sala. Hoje o município não está comportando por falta de salas de aula. Estamos ampliando a escola do Matiel, com recurso de mais de R$ 500 mil do governo Federal. As obras começaram hoje. Serão duas salas, refeitório, banheiros. Com isso, vamos poder estender as vagas para mais crianças. Pareci Novo recebe muitos novos moradores. Adquirimos uma área e a ideia é tirar o parque de máquinas de trás da escola Beato Roque e da Educação infantil para poder ampliar. Acredito que eu não consiga ampliar, mas o futuro prefeito vai conseguir.”
“Por que há demora para marcar procedimentos? Estou na fila de espera desde 2014 para uma artroscopia .”
Alexandre Barth: “Sabemos que não é só Pareci Novo que está sofrendo com essas demandas. A secretaria da saúde cadastra e é preciso esperar pela central. A retomada da traumatologia no HM já contemplou Pareci, mas temos mais casos enviados para Canoas ou Porto Alegre e aí são chamados por ordem de prioridade.”
“Explique a situação do pedido de impeachment”
Alexandre Barth: “A Justiça mandou arquivar o processo. Não sabemos o motivo, mas os vereadores ainda não arquivaram. Nossos advogados já entraram com recurso pedindo arquivamento, pois a ordem judicial está sendo descumprida.”
Perguntas da Gabi:
“No Cras somos mal atendidos pelos funcionários, é tão difícil elas serem simpáticas e disfarçar a arrogância?”
Alexandre Barth: “A diretora do Cras se exonerou por estar sofrendo ameaças. Assumiu o Rafael de Souza, se era esse um dos problemas, já trocamos. Hoje está saindo outra menina. Estamos fazendo outras trocas. Então, veremos se o problema são os funcionários.”
Por que a EMEI do Despique não pode receber bebês, sendo que a maioria dos pais não tem condições de levar os filhos ao Centro?
Alexandre Barth: “Acho que lá não tem espaço. A prefeitura fornece transporte, os interessados devem procurar a SMEC.
Fábio Schneider: “Durante o ano, as pessoas que se mudam para a cidade, ou mudam de bairros, precisam de vagas e aí não tem por que as salas estão cheias. Só se pode ter 11 crianças por atendente. O planejamento é feito no começo do ano, para contratar profissionais suficientes, aumentar salas, comprar móveis para começar o ano letivo com vagas suficientes.”