Mato e buracos no calçadão revoltam os usuários

Promessa. Secretário de Viação e Serviços Urbanos garante que a limpeza na beira do Rio será feita ainda este mês 

Mato deixa a beira do Rio Caí mais feia e torna o local um criadouro de ratos e insetos, segundo os frequentadores. As falhas no calçadão propiciam torções e até quedas, especialmente entre as pessoas com mais idade

Mato, lixo, insegurança e calçada irregular. Quem anda pelo cais do Rio Caí até as proximidades da Tanac não tem uma visão muito alegre de um dos principais cartões postais da cidade. Pescadores que trabalham na beira do rio dizem que a vegetação serve de criadouro para animais e também pedem melhorias. O calçadão, com falhas e pedras soltas, favorece pequenos acidentes. Porém o lixo, que os próprios usuários descartam, é o que gera maior indignação entre os frequentadores.

 

Johnny considera o local inseguro nas proximidades da Tanac

Johnny Pinheiro Pacheco, de 20 anos, caminha diariamente pelo local e vê a situação piorar ano após ano. “Desde criança ando por aqui e teve algumas reformas, mas faz um tempo que ninguém aparece para limpar a beira do Rio. É perigoso ter essa vegetação toda, pois gera um pouco de insegurança, principalmente perto da Tanac, onde o mato é bem fechado. Um bandido pode se esconder ali e praticar crimes tranquilamente”, observa.

 

 

 

João diz que o mato serve para a procriação de animais perigosos

O matagal também serve de criadouro para animais, o que deixa João Batista Monteiro, de 49 anos, preocupado. “Pesco aqui há mais de 20 anos e sempre que acumula esta vegetação, a população de ratos e insetos aumenta. À noite, eles saem e ficam pela calçada. É insuportável ter que dividir as vias com estes animais, que podem trazer doenças a quem frequenta o local”, desabafa.

 

 

ROGER pede colocação de lixeiras e um banheiro para os visitantes

O pescador Roger Fernando da Silva, de 25 anos, reclama da falta de estrutura oferecida a quem usa o Rio Caí. “Nós, que pescamos, precisamos de mais apoio nessa área. Seria muito bom se colocassem mais lixeiras e um banheiro por aqui, pois há muitas pessoas circulando. A limpeza também é essencial para que ninguém seja picado por uma cobra ou sinta receio de usar o espaço”, comenta.

 

Marion: poder público devia atuar em conjunto com a comunidade

Desde seus seis anos de idade, Marion dos Santos, de 59, frequenta o cais do Rio Caí para lazer e lamenta a sujeira na encosta e na água. “Acho que o poder público não respeita as pessoas quando deixa o mato ficar tão alto em um dos pontos turísticos da cidade. Por outro lado, reconheço que os moradores daqui e até mesmo os que vêm de passagem contribuem, descartando lixo no rio. Devia haver mais limpeza e fiscalização por parte da Prefeitura em conjunto com a comunidade. Só assim a situação melhoraria”, opina.
O espaço também poderia ser um bom lugar para encontros românticos, não fosse o descaso. É o que afirma o casal Eliezer Rodrigues, de 21, e Milka Cardoso, 27, que destacaram o mato alto e alguns buracos na calçada como principais problemas. “É muito ruim saber que um lugar tão lindo quanto o cais se tornou tão feio com o crescimento do mato. Seria um ótimo lugar para namorar ou para se encontrar com amigos, mas, com essa vista, poucos escolhem vir pra cá. Na hora de caminhar, tem que cuidar muito para não cair dentro dos buracos na calçada. Deviam consertar, pois é fácil de torcer o pé em um deslize”, desabafa Eliezer.

 

Consertos serão realizados neste mês, promete secretário

Em resposta às queixas dos usuários, o secretario Ricardo Endres, que está respondendo pelas pastas de Viação e Serviços Urbanos e Meio Ambiente, afirmou que reconhece a necessidade da limpeza, mas afirma que ela é feita regularmente. “A cada 90 dias, funcionários limpam a região. Neste momento estamos com uma demanda muito grande e estamos priorizando os locais próximos a creches e escolas, devido à volta das aulas, bem como as praças da cidade. Mas é certo que, ainda na primeira quinzena de fevereiro, o local estará limpo”, assegura.
O secretario informa também que os buracos no calçadão serão verificados e solucionados o mais breve possível. “Passo quase todos os dias por lá e tenho consciência da demanda. Temos, inclusive, duas tampas novas já compradas de uma caixa danificada que tem lá. Até o fim da primeira quinzena de fevereiro, cumpriremos estes serviços”, reforça Ricardo Endres.

O descarte incorreto de lixo nas margens do rio preocupa quem passa por ali diariamente

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