Manifestantes seguem com bloqueio do trânsito de caminhões na rótula da AmBev

Segue nesta quarta-feira, dia 8, o bloqueio no trânsito de caminhões que não estejam carregados com medicamentos, cargas inflamáveis ou perigosas, perecíveis e cargas vivas ou ração para animais feito por manifestantes pró-Bolsonaro junto à rótula na AmBev, na ERS-240, em Montenegro. Os caminhões parados já lotam o pátio do posto de combustíveis localizado junto à rótula e também o recuo em frente à antiga fábrica de cerveja.

Já há caminhões parando ao longo da reta da Osvaldo Aranha, na entrada para Montenegro

Também há veículos estacionados ao longo da rua Osvaldo Aranha na reta que leva até a rótula. Aos caminhoneiros que não querem aderir à paralisação é dada a opção de se fazer o retorno. Carros de passeio estão com passagem liberada.

Um dos organizadores do ato, Luciano Fortes, explica que a manifestação iniciou às 6h do dia 7 e, por 72 horas, manterá o bloqueio aos veículos de carga que não sejam das cargas já citadas. Após esse período pode haver o bloqueio total do trânsito de caminhões. No entanto, Luciano espera que a situação não chegue a tanto.

“A gente pretende não bloquear tudo, nós queremos que o presidente tome uma atitude antes. Ou que os ministros (do Supremo Tribunal Federal, o STF) peçam para sair ou aceitem o processo de impeachment deles”, afirma. Luciano acredita que havendo a saída dos ministros do STF, o presidente Jair Messias Bolsonaro poderá governar. “Nós brasileiros, a maioria, votou num homem e tem 11 que não foram eleitos por ninguém de nós e que estão lá e só desgovernam”, protesta.

O processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes pedido por Bolsonaro foi rejeitado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em 25 de agosto. Na ocasião, Pacheco explicou que submeteu a denúncia de Bolsonaro contra Moraes à Advocacia do Senado, que emitiu um parecer técnico considerando a peça sem adequação legal. Além do aspecto jurídico, o presidente do Senado justificou a decisão citando a preservação da independência entre os Poderes.

Vale lembrar que quando da abertura de uma vaga, os ministros do STF são indicados pelo presidente da República em exercício e precisam ter seus nomes aprovados pelo Senado. Em seu governo, o Bolsonaro já indicou o nome de Kássio Nunes Marques – que assumiu a função em 5 de novembro de 2020 – e possui mais uma indicação a ser feita após a saída de Marco Aurélio Mello.

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