JOGADORES costumam se reunir em parques e praças nos finais de semana
Lançado em julho de 2016, o Pokémon Go marcou época e segue atraindo jogadores em Montenegro. Uma comunidade com mais de 50 pessoas participa ativamente de um grupo de WhatsApp, onde acontece a troca de experiências e são marcados encontros para a caça de Pokémons e batalhas em grupo.
Um dos participantes é Jonathan Motta da Paixão, 32, que joga desde que Pokémon Go foi lançado. Ele explica que os encontros de jogadores acontecem sempre aos finais de semana, em locais como o Parque Centenário ou no Centro, onde existem mais Pokémons para capturar e itens para serem coletados. “No início, jogar em Montenegro era mais difícil, porque a gente precisava dos itens na PokéStop e não tinha na cidade, então a maioria deu uma parada e voltou depois de 2017, quando começou a ter aqui”, comenta.
A paixão por Pokémon iniciou ainda na infância, quando assistia ao anime na televisão e sonhava ser um mestre. “O anime estourou na minha infância, então a brincadeira com os meus amigos era a gente batalhar. Quando disseram que iriam lançar o jogo ficamos muito animados”, completa. Jonathan conta que muitas pessoas jogam desde o início, e outras foram aderindo ao grupo ao longo dos anos. O que movimenta o grupo são as batalhas de reides e eventos, que normalmente acontecem nos finais de semana. “O jogo sempre tem atualização e eventos toda a semana. Tem Pokémon que foi lançado há muito tempo, mas que veio aqui para ao Brasil agora. Então, quem gosta está sempre jogando para não perder nada do que acontece”, afirma.
A pandemia foi um momento desafiador para os jogadores de Pokémon Go e que mudou a forma de muitos jogarem. Jonathan relata que, no período pandêmico, as pessoas acostumaram a jogar em casa, o que diminuiu o número de gamers nas ruas em buscas dos Pokémons. “Muita gente se acostumou a não caminhar na rua. Mas eu acho mais interessante essa caça presencial, de estar nas ruas atrás de novos Pokémons”, diz.
A troca de experiência com os amigos também é destacado por Jonathan como um ponto positivo nos encontros presenciais, além disso, ele afirma que a única forma de capturar um Pokémon lendário, até agora, é por batalhas em reide, nas quais, junto com os amigos, podem batalhar contra um Pokémon de poder de combate muito alto. “É nesse momento que a gente precisa de mais gente, então é necessário socializar no jogo, o que acaba, em uma cidade pequena como Montenegro, fazendo com que a gente conheça a maioria dos jogadores”, conclui.
Montenegro atrai jogadores de cidades vizinhas
Maior cidade do Vale do Caí, Montenegro tem atraído jogadores de outros municípios da região. Foi o que aconteceu com Érico Finger Metz, 26, morador de São José do Sul, que se juntou à comunidade de jogadores montenegrinos em busca da troca de experiência. Ele conta que começou a jogar sozinho, caminhando e caçando os Pokémons na sua cidade, e com o tempo decidiu vir para Montenegro, onde existem mais opções de captura de Pokémons. “Um dia conheci um grupo de pessoas no Parque Centenário e acabei tento uma troca mútua sobre o jogo, daí fui parar no grupo de WhatsApp dessa comunidade, que acabou se tornando um grupo unido e formando amizades”, afirma.
Além de poder evoluir e aprender mais sobre Pokémon Go com a comunidade, Érico destaca que o ciclo de amizades formado através do jogo trouxe muitos benefícios. Ele relata que encontrou uma maneira de se divertir nos finais de semana, sair do sedentarismo e descontrair com amigos. “Digo que sou feliz e amo de paixão esse jogo e mesmo que eu alcance o nível máximo vou continuar, com outras contas, para a diversão nunca acabar”, enfatiza.
Desde que foi lançado, em 2016, Érico afirma que o jogo se atualiza de tempos em tempos, trazendo Pokémons de gerações mais novas, de acordo com o anime em temporada. Também aconteceram adaptações com formas remotas de jogar sem precisar sair de casa, mesmo assim, ele garante que todo o mês sempre tem eventos que fazem ter mais interação. “Isso acontece principalmente nos finais de semana, nos parques e praças, que são alguns pontos de concentração e sempre tem algum jogador curtindo o seu espaço, jogando ao ar livre sozinho ou grupo”, completa.
Sobre o futuro de Pokémon Go, ele diz esperar mais gerações de Pokémons diferentes de todos os elementos, além de eventos novos e clássicos. Érico destaca que muitas pessoas pararam de jogar ao longo dos anos, e isso poderia atrair novamente para o jogo.
“Também é preciso que os smartphones acompanhem às atualizações de desempenho do software, para o jogo ter uma boa performance e durabilidade em entrega de qualidade de gráficos de imagem e interação da realidade aumentada, sem travamentos e os frequentes bugs”, conclui.