Estratégia ou sorte: os jogos de tabuleiro ainda conquistam gerações

Amigos reunidos em volta de uma mesa, muita estratégia, dados, concentração – e por que não, competição – envolvidos. Sábados e domingos chuvosos na praia acompanhados de batalhas “sangrentas” de War ou de compras milionárias em imóveis no Banco Imobiliário. Os jogos de tabuleiro acompanham gerações e ainda têm sua tradição garantida em pequenas reuniões.

Jogo da Vida, Batalha Naval, Monopoly, Detetive… muitos deles se modernizaram com o passar do tempo, para acompanhar as mudanças da sociedade – e continuar conquistando gerações. Mas, de acordo com a vendedora Rosane da Cruz, a procura por esse tipo de diversão continua grande, mesmo com toda a tecnologia atual. Tablets e celulares são deixados de lado por jovens que também procuram entretenimento numa roda de amigos.

“O Banco Imobiliário, que tem até Kids, é um dos que foram modernizados. A nova versão é com cartão de crédito, em vez de apenas dinheiro, como o precursor”, comenta Rosane.

E a faixa etária que busca jogos de tabuleiros e suas variações, de acordo com a vendedora, é a mais variada possível. “Os casais de namorados buscam geralmente os de conhecimento gerais, com perguntas e respostas, enquanto, a partir dos 8/9 anos, a solicitação já é para Banco Imobiliário”, salienta.

Os adultos, por indicação médica, muitas vezes, acabam consumindo o tipo recreativo. “Os com sequência numérica, que auxiliam a memória, têm venda para pessoas com Alzheimer, por exemplo,”, diz Rosane.

Apresentando às novas gerações

Gabriel Rocha, 28 anos, é professor de Educação Física e apaixonado por War e Banco Imobiliário.
Os jogos até são utilizados durante suas aulas

Gabriel Rocha, 28 anos, recorda com carinho do primeiro jogo de tabuleiro que teve: de Damas. Ele tinha aproximadamente seis anos quando o pai, que trabalhava com madeira, esculpiu as peças e o suporte onde ficariam dispostas. “Daí ele me ensinou a jogar”, lembra.

Professor de Educação Física do 3° e 4° anos, Gabriel resolveu que os jogos seriam aliados na hora de ensinar os alunos, principalmente nos dias chuvosos. War e Banco Imobiliário, dos quais é fã, são alguns dos apresentados aos estudantes durante as aulas.

“Optei porque os dois são jogos de muita paciência e estratégia. Depois de entendidas as regras, tornam-se muito divertidos e desafiadores. Acredito, sim, que estou mantendo viva uma tradição. Além da questão cultural, proporciona o entendimento da importância tanto dos jogos de tabuleiro quanto dos jogos eletrônicos, já que também trabalho com eles”, afirma.

Com recordações da época em que costumava se divertir com os primos, o professor afirma que ainda hoje, em aniversários ou encontros, arriscam uma batalha.

“Era a nossa salvação nos dias chuvosos na praia. Ainda hoje nos reunimos em aniversários ou simplesmente encontros e, entre conversas, videogame e churrasco, reservamos um tempo para jogar War, nosso preferido”, conclui.

Alguns jogos mais recentes
A Guerra dos Tronos:
Board Game
No jogo inspirado no seriado Game of Thrones, você pode assumir o controle de uma das grandes casas de Westeros em busca do domínio do trono de ferro. Nele, batalhas acontecem a todo momento e alianças podem ser feitas. Ter lábia é importante. O jogo pode lembrar, em vários aspectos, War, porém é muito mais complexo. Seus mecanismos dispensam dados e são baseados em uma série de variáveis. É preciso levar tudo isso em conta para vencer um duelo por territórios.
Puerto Rico
Os jogadores são proprietários de plantações em Porto Rico, nos tempos dos descobrimentos. Com até cinco diferentes tipos de culturas (milho, índigo, tabaco, açúcar e café), os jogadores tentam conduzir seus negócios de forma mais eficiente que seus concorrentes. Pode lembrar, em vários aspectos, Banco Imobiliário. Porém se diferencia pelo sistema de classes – o jogador assume uma classe por rodada, cada uma com uma habilidade especial.

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