Esporte e inclusão: beach tennis reúne famílias e promove a amizade

PARA QUALQUER pessoa. Modalidade conquista adeptos e cresce em Montenegro

Em 2011, nas praias do Rio de Janeiro, ao ver o beach tennis sendo praticado, Gustavo Rech pensou: “o que é isso?”. Ao voltar para o Rio Grande do Sul, em sua cidade de origem Porto Alegre, a curiosidade aumentou ao ver que o esporte também havia caído no gosto de seus conterrâneos. Por muito tempo, ele só observava as duplas jogando, até que resolveu saber mais sobre o que era aquele “esporte com bolinha” que atraia tantas pessoas à Praça Carlos Simão Artn (Praça da Encol). A partir daquele momento, o beach tennis deu um novo rumo a vida do hoje instrutor do esporte.

Gustavo Rech largou o setor imobiliário para se dedicar as aulas de beach tennis

Gustavo atuava no ramo imobiliário e jogava beach tennis apenas por diversão. Mas o tempo foi passando e ele viu a oportunidade de transformar o hobby em sua nova profissão. Logo ele investiu na própria qualificação e passou a se dedicar integralmente a dar aulas. “Não me vejo fazendo outra coisa, é muito prazeroso.” O instrutor é um dos poucos brasileiros capacitado em três níveis de qualificação (verde, amarelo e azul) para atuar como profissional. O currículo fez com que em 2022 Gustavo fosse convidado pela Move.on para dar aulas em Montenegro.

Na Cidade das Artes ele tem visto o beach tennis conquistar novos adeptos. “O beach tennis é um esporte que reúne famílias, filhos vem ver os pais jogar, as esposas jogam com seus maridos”, relata o instrutor. “É um esporte que aproxima as pessoas e promove a amizade, ele é inclusivo e pode ser jogado por qualquer pessoa, de qualquer idade”, acrescenta Gustavo.

Cassiano Dias de Lima pratica beach tennis há um ano

Cassiano Dias de Lima é um dos praticantes do beach tennis que leva a família para acompanhar e também para participar dos jogos. Foi através de um casal de amigos que há um ano ele começou a frequentar as quadras da Move.on, de lá para cá tem gostado cada vez mais da atividade.

Gustavo dá aulas para Cassiano e para mais de 100 alunos no espaço. São seis quadras, sendo uma delas coberta, para atender a crescente demanda pelo beach tennis. Tem montenegrino mensalista que conta com dias e horários agendados para jogar. Outra facilidade aproveitada pelos praticantes do esporte é que a reserva de horário pode ser feita via aplicativo. “Após um ano, posso dizer que a evolução dos montenegrinos no esporte é muito grande”, avalia o profissional.

Benefícios do beach tennis
O beach tennis é indicado pelo professor Gustavo Rech como um ótimo exercício para quem quer queimar calorias. “Em uma hora de aula, as meninas gastam em torno de 400 calorias. Em um jogo de nível alto a perda calórica pode chegar até 700 kcal”, conta o instrutor.
Cassiano Dias percebeu os resultados da perda de peso. Além disso, o bem-estar promovido pelo beach tennis é outro fator que o faz, sempre que possível, “bater uma bolinha”.

“O beach tennis permitiu que pessoas com idade mais avançada se tornassem atletas. É um esporte muito democrático e inclusivo”, diz Gustavo. Mas, ele também lembra que receber orientações de um profissional, antes de sair jogando por conta própria, sem ter conhecimento sobre os movimentos do esporte, é fundamental para evitar lesões.

Matheus Schuler Luft encontrou, no beach tennis, características que o cativaram. Foto: arquivo pessoal

Montenegrinos no 7º Atlântida Open de Beach Tennis
Neste final de semana, de sexta até domingo, acontece a 7ª edição do Atlântida Open de Beach Tennis, considerado o maior campeonato da modalidade realizada no Rio Grande do Sul. O evento ocorre na plataforma da Praia de Atlântida, onde serão montadas 40 quadras para receber mais de 1200 competidores.

Conforme Gustavo Rech, 12 montenegrinos irão participar das disputas que prometem ser desafiadoras. Fatores como o vento do litoral devem dar trabalho aos jogadores, mesmo assim o instrutor está confiante. Gustavo e Cassiano irão participar dos jogos, nas categorias A e D respectivamente. Quem também marcará presença é o jovem montenegrino Matheus Schuler Luft, de 19 anos. Conforme o professor Gustavo, Matheus é uma das promessas do beach tennis.
O jovem conheceu o esporte na beira da praia de Garopaba, em 2018. Em 2021, ele começou a jogar nas quadras de Montenegro e não parou mais.

“Participei em torno de 10 campeonatos, em arenas como Move.on, Radar Sports, Seadi Bravo, Gold Beach Sports, Tri Esportes, Porto Padel, e as vezes em clubes como o Cantegril”, conta Matheus. “Sempre gostei muito de Vôlei e Tênis e o Beach tennis me trouxe características destes dois esportes, além de jogar na areia o que eu acho muito confortável”, pontua.

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