Candidato pelo PT ao governo do Estado visitou o Vale do Caí e falou sobre o apoio que dará às prioridades locais
O candidato a governador do Rio Grande do Sul pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Miguel Rossetto, esteve nesta segunda-feira em Montenegro. No Espaço Comunitário Vale do Caí, situado na rua Santos Dumont, ele recebeu documento de alunos e servidores da Universidade do Estado do Rio Grande do Sul (Uergs) pedindo a valorização da instituição. Em entrevista, prometeu investimentos no Vale do Caí nas áreas de saúde, segurança e rodovias.
O petista afirmou categoricamente que o Estado tem dinheiro para investir e manter a máquina, mas, para tanto, precisa voltar a ter crescimento econômico. Antes de qualquer coisa, sua primeira ação como governador será o pagamento integral dos salários dos servidores públicos, que é um direito constitucional. “Dinheiro tem! Governar é fazer escolhas e vou fazer essa escolha”, declarou, sem, no entanto, mencionar quais outros compromissos ficarão sem cobertura.
O passo seguinte será concentrar esforços na recuperação dos demais setores. No caso da saúde pública, Rossetto pretende reunir prefeituras e hospitais para discutir a criação de centros regionais de especialidades. O projeto aproveitaria a estrutura das cidades, dispensando construção de novos espaços. No caso do Hospital Montengro (HM), que teve corte de serviços e verbas do Estado, o candidato prometeu quitar e ajudar a recompor esse aporte financeiro. Rossetto novamente invocou o cumprimento da lei, lembrando que o Estado é obrigado a investir 12% do orçamento em Saúde.

De acordo com o candidato a governador, as comunidades também serão chamadas para a busca de melhorias na estrutura rodoviária. O petista reconhece a importância da RSC-287 como instrumento de desenvolvimento econômico, em especial no escoamento da safra agrícola. Ele defende a eficiência da EGR como canal de investimentos e de formalização de parcerias. O político afirma que melhorar a RSC-287 significará gerar renda e emprego no Vale.
Quanto à segurança pública, afirmou que trabalhará para repor um déficit de efetivo fruto do que chama de “política irresponsável”. Rossetto afirma que, no governo Sartori, 5 mil policiais foram retirados das ruas. “Não se faz mais segurança com menos policiais”, declarou. Em seu plano de governo, está a retomada do Policiamento Comunitário e das patrulhas Maria da Penha e Escolar.
Uergs tem valor estratégico no desenvolvimento regional
A visita de Rossetto foi marcada pela presença da nova direção estadual da Uergs, que toma posse em novembro. O reitor, Leonardo Bertoldt, e a vice-reitora, Sandra Lemos, acompanhados das pró-reitoras de Extensão, Erli Schneider Costa; e de Ensino, Rochele Santaiana, entregaram cópia da “carta reivindicatória aos candidatos” em defesa da Universidade Estadual.
Bertoldt explicou que trata-se de uma manifestação de professores, servidores e alunos da instituição, tendo a reitoria recém eleita apenas como porta-voz. Após 17 anos de fundação e com 24 unidades acadêmicas pelo Rio Grande, a Uergs quer crescer, ampliar cursos e capacidade de ingresso. O reitor eleito salientou ao candidato que algumas unidades precisam expandir e, para tanto, pedem sede própria. Bertoldt citou o exemplo de Montenegro, sem deixar de saudar a parceira fundamental – e que se manterá – com a Fundarte, que possibilita a existência do campus.
Rossetto classificou a Uergs como uma conquista e se comprometeu com seu fortalecimento. Ele avalia que os campi têm hoje valor estratégico para o desenvolvimento das regiões. Inclusive, pretende aprimorar a área de pesquisa da Universidade.