EET São João Batista celebra 50 anos como instituição pública estadual

Primeira escola estadual de 2º grau de Montenegro, a EET São João Batista está completando 50 anos de história. Alunos e professores celebraram a data na última sexta-feira, 8, com diversas atividades, marcando o início das comemorações. Estão previstas uma série de ações em 2024 para celebrar o cinquentenário da instituição. Uma comissão está sendo formada com a participação de ex-alunos e ex-professores, que irão pensar juntos em um grande evento dos 50 anos.

A fundação como escola pública estadual aconteceu em 8 de março de 1974, quando foi crida pelo governo de Estado com o nome Escola Estadual de II Grau de Montenegro. Em 1978, a instituição passou a se chamar Escola de 2º Grau São João Batista, mantendo a homenagem ao padroeiro do Município. A história da escola remonta ao ano de 1947, quando a Congregação dos Irmãos de Champagnat (Maristas) fundaram a Escola Técnica de Comércio São João Batista, na época uma instituição privada. Somente meninos estudavam no local: no Primário, Ginásio e Curso Técnico em Contabilidade. As meninas estudavam no Colégio São José, mantido pelas Irmãs de São José.

A diretora da instituição, Juliana Cabreira, conta que em 1972 os Irmãos Maristas encerraram suas atividades e, logo depois, o prédio foi cedido para o Estado para iniciar a escola de 2º Grau. “Desde então boa parte dos montenegrinos passaram por aqui, seja fazendo o ensino médio ou cursos técnicos. A gente sabe que a escola tem uma inserção na comunidade muito grande, são muitos ex-alunos e ex-professores”, comenta.

Ao celebrar 50 anos de história como escola pública estadual, a instituição segue sendo referência no Município. Atualmente são mais de 900 alunos, divididos em três turnos, que cursam, além do ensino médio regular, os técnicos em Química e Eletrotécnica. “Aqui no São João Batista os alunos fazem o encerramento da etapa da educação básica, que é muito importante. Também é um momento em que eles vão se consolidando para ir em busca dos seus sonhos, para realizar a sua formação acadêmica ou em qualquer outra área”, completa Juliana.

A formação profissional é outro importante papel desempenhado pela instituição. A diretora destaca que a demanda no mercado de trabalho para profissionais técnicos em Química e Eletrotécnica é grande. “Nós temos muitas solicitações de estágio de educação de profissionais nessas áreas”, afirma. Juliana pontua que os cursos técnicos também trazem uma transformação no currículo do aluno, possibilitando o ingresso no mercado de trabalho de profissionais qualificados. “Ter uma formação técnica faz uma grande diferença ao ingressar no mercado de trabalho. Então ficamos muito felizes de, ao longo desses anos, ter contribuído na formação de centenas de pessoas”, conclui.

20 anos dedicados à escola

Auri Francisco Pereira da Silva, 68, trabalha como monitor na EET São João Batista há 20 anos. Natural de Porto Alegre, ele conta que quando chegou em Montenegro percebeu que eram muitas as pessoas da cidade que possuíam alguma relação com a instituição. “Fiquei impressionado como tem pessoas que já passaram pelo São João Batista como alunos e muitos profissionais, nas várias áreas, que já trabalharam aqui. E isso se mantém ainda hoje”, afirma.

Atualmente já aposentado, Auri continua desempenhando a função na escola, o que relata ser um aprendizado diário. “Tudo o que a direção, os professores e alunos precisam eu auxilio. É um trabalho bem gostoso e gratificante, porque o São João tem uma história na cidade. É gratificante saber que a escola da essa possibilidade das pessoas evoluírem, crescer e ser bons profissionais”, completa. Segundo ele, o contato diário com os jovens é o que motiva a seguir trabalhando. “Eles têm muitas coisa a nos ensinar e eu também, com a minha experiência de vida, consigo passar alguns ensinamentos, então é uma troca muito bacana”, conclui.

Desafios são diários

Os desafios são diários na escola, que conta com 22 turmas de ensino médio, além dos técnicos. Hoje, uma das principais demandas apontadas pela direção da instituição é um ginásio coberto. “Isso faz a diferença, por exemplo, nós temos a nossa feira, a Expotec, que todos os anos temos que procurar um espaço para que ela possa acontecer, porque aqui na escola não é possível”, afirma Juliana.

Além disso, a escola também sofre com a falta de profissionais na área da eletrotécnica, professores do ensino médio, funcionários na limpeza, secretária e merendeiras. A diretora afirma que esse é o principal desafio na gestão da instituição. “Mais do que uma gestora eu também sou aquela que vai tentar organizar os problemas, os conflitos e as necessidades. Isso acaba dificultando o nosso processo de gestão, de trabalho, porque muitas vezes foge do nosso alcance resolver”, pontua. Segundo a diretora, é necessário que a Secretaria Estadual de Educação passe a entender as reais necessidades das escolas, para assim, trazer melhorias que façam a diferença no dia a dia dos alunos e profissionais da educação.

Confira algumas fotos da comemoração:

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