Dia trágico nas rodovias com duas mortes na região

Tragédia. Casal perdeu a vida em Vale Real, enquanto acidentes travam a BR-386 em dois pontos de Triunfo

Veículo caiu de ponte de 30 metros de altura
fotos: Jornal Primeira Hora/Especial

O primeiro dia de fevereiro para o trânsito do Vale do Caí começou da pior forma possível. Em um intervalo inferior a duas horas — das 13h às 14h30min — foram pelo menos quatro acidentes na BR-386, com duas carretas tombadas em pontos diferentes e duas mortes em uma rodovia estadual. A tragédia ocorreu no município de Vale Real, na ERS-452, às 14h30min, quando um veículo bateu em uma ponte, caiu em uma ribanceira e matou na hora um casal de Caxias do Sul.

Casal, que residia em Caxias do Sul, morreu na hora

De acordo com o Comando Rodoviário da Brigada Militar, que atendeu a ocorrência, o acidente envolveu uma caminhonete Peugeot 504GT, com placas de Caxias, que perdeu o controle em uma passagem de nível sobre o Arroio do Ouro. Os ocupantes foram identificados por equipes do posto de saúde local e pelo CRBM como Ronildo de Lima Mattos, 37 anos, e a esposa Lilia Nunes da Luz de Mattos, 36, ambos caxienses.

O automóvel capotou e caiu de uma altura de 30 metros com o teto virado para cima parando sobre uma rocha. No momento do acidente, o arroio apresentava reduzida vazão. A ERS-452 liga o município de Bom Princípio a Vila Cristina, distrito de Caxias do Sul.

Conforme o Grupo Rodoviário de Bom Princípio, a causa do acidente é ignorada, já que não há testemunhas. A corporação informa que não tem histórico de ocorrências graves nesse ponto.

Um guincho de grande porte foi acionado pela Polícia Rodoviária Estadual. O trânsito chegou a ser interrompido em meia pista para o atendimento do acidente.

Caminhão com glicose tomba na BR-386
O motorista de 30 anos, natural de Marília, São Paulo, foi submetido ao teste do bafômetro, que não acusou ingestão de álcool. Entretanto, o disco do tacógrafo mostrou, segundo a Polícia Rodoviária Federal, que o caminhão trafegava a 90km/h enquanto o limite do trecho é de 80km/h para estes veículos.

 

Veículo levava carga para empresa situada em Lajeado

Carreta com carga de alimento “escorrega”
Praticamente no mesmo horário, mas no km 406, igualmente em Triunfo, na pista no sentido Interior/Capital, uma carreta com placas de Rio Grande carregada de alimentos, abastecida em Lajeado com destino ao porto de Rio Grande, tombou sobre a pista pegando de raspão um veículo de passeio. Como ficou atravessado, o caminhão bloqueou as duas pistas em direção à capital e uma do sentido contrário.

O motorista Jalmar Bandeira, 38 anos, natural de Camaquã, disse que perdeu o controle da carreta na curva, por conta de estar chovendo no momento, e não conseguiu “segurar” o veículo. Ele acredita que o culpado tenha sido a recente recapagem feita no asfalto, juntamente com o fato do piso estar molhado, o que faz com que o pavimento ficasse escorregadio.

Jalmar sofreu apenas lesões leves no cotovelo esquerdo. A interdição de pista gerou um congestionamento enorme nos dois sentidos para a remoção do veículo, a ser concluída hoje. O Corpo de Bombeiros foi acionado para a limpeza da pista, já que houve derramamento de óleo diesel do tanque de combustível.

Omega e caminhão bateram por conta de tranqueira

Tombamentos geram outros dois acidentes
O tombamento de dois caminhões foi responsável direto por mais acidentes na BR-386, especificamente no km 388. Na pista no sentido Interior-Capital, quatro veículos se envolveram em um engavetamento. As colisões tiveram a participação de um Toyota Corolla, de Vera Cruz; um Ford Fiesta, de Tabaí; um VW Parati, de Santa Cruz do Sul; e um Ford Fiesta, de Gravataí.

Poucos metros dali, mas no sentido contrário, uma Omega Suprema de uma funerária de São Leopoldo, foi atingida na traseira por um caminhão Mercedes-Benz Atego, com placas de Lajeado. Ninguém ficou ferido. Para completar o dia atípico da BR-386, um boato, no fim da tarde, dava conta de que a ponte do Rio Caí, no km 427, em Montenegro, havia caído.

A PRF foi até o local e confirmou que a estrutura interditada não sofreu novas avarias.

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