Após grandes enchentes atingirem o Vale do Caí em 2023, questões referentes ao clima serão debatidas no Seminário “Desafios Climáticos”, neste sábado (23), em Salvador do Sul. Com início marcado para as 9h, a atividade acontece na sala de eventos do Restaurante Chopp Haus e é aberta à comunidade. O credenciamento inicia a partir das 8h, e a inscrição deve ser feita previamente através de um formulário online.
Integrante da Associação das Engenharias, Geólogos, Agrônomos e Profissionais do Vale do Caí (Asegap), João Ângelo Lermen esteve no programa Estúdio Ibiá nesta semana e falou sobre alguns temas que serão abordados no seminário de sábado. Além dos desafios que a região tem enfrentado em relação ao clima e possíveis soluções para minimizar os prejuízos causados pelas cheias, João Ângelo destacou outros pontos que serão debatidos no evento.
Logo após o início do seminário, às 9h, as autoridades municipais terão um espaço para relatar o que aconteceu em suas cidades. Às 9h30, está prevista a participação da Crea-RS. Na sequência, às 10h, acontece a palestra “Drenagem urbana em bacias de detenção”. Uma hora mais tarde, tem a palestra “Novas tecnologias na área da drenagem urbana”.
Haverá um intervalo para almoço ao meio-dia, e o evento será retomado
às 13h, com a palestra “Considerações conceituais acerca dos desastres naturais”. Depois, às 14h10, acontece a palestra “Representantes municipais: chuvas e seus impactos, desafios e soluções”. Um coffee break está programado para as 15h20, antes da última palestra, que será mediada pela Emater: “Clima e agricultura: o que os prejuízos recentes nos ensinaram?”.
O seminário é realizado pela Asegap, associação que surgiu em fevereiro de 2023, com o intuito de unificar os profissionais do Vale do Caí. “São cerca de 120 associados, temos praticamente todos os tipos de formação na associação. A gente pode participar dos estudos de plano diretor. A nossa ideia é estar à disposição dos conselhos municipais para participar”, explicou Lermen.
Membro da Asegap, João Ângelo ressaltou no Estúdio Ibiá que a associação realiza estudos em cima de três pilares para encarar os desafios climáticos. “São três bases: volume das águas, atuação do plano diretor e retenção obras e projetos macro. Com relação ao volume das águas, há questões envolvendo intervenções urbanas e rurais, como repensar os pisos (asfaltamento) de ruas e avenidas”, salientou.
“Em relação às cheias, na agricultura se faz um trabalho fantástico há cerca de 30 ou 40 anos, que é o plantio em curvas de nível (feitos em patamares). O plantio assim tem a competência de reter água na lavoura, é uma água a menos que vem para arroios, sangas e rios. O asfalto no ambiente urbano contribui não somente para que toda água escorra, mas para a velocidade do escoamento. Há várias coisas que podem ser feitas”, acrescentou Lermen.
A inscrição para o seminário deste sábado pode ser feita clicando aqui.