A Emei Santo Antônio completou 30 anos de história na última quarta-feira, 22. Para comemorar, uma festa foi organizada com a presença da comunidade escolar, incluindo alunos e funcionários que passaram pela instituição. Os pequenos puderam se divertir com brinquedos infláveis gratuitos e um bolo foi preparado para a comemoração.
A diretora, Alini Motta dos Santos Gonçalves, destaca que a festa também teve como objetivo lembrar de quem participou da trajetória de 30 anos da Emei Santo Antônio. “O dia foi pensado principalmente para as crianças, que são a nossa razão de existir. Mas também para as pessoas que contribuíram para nós chegarmos onde estamos”, aponta.
Dona Nair Elisabeth Kattermann, 59, levou a neta Helena, que estuda da escola, para participar da festa. Ela destaca que as crianças são bem acolhidas na instituição desde o primeiro dia que chegam. “Eles cuidam muito das crianças, se tem febre ou alguma coisa já nos avisa. Então, para nós aqui do bairro Santo Antônio é muito importante ter essa creche”, diz.
A valorização da literatura é um dos pontos fortes da instituição, que ao longo de sua história formou centenas de leitores na cidade. A diretora afirma que a temática do aniversário da instituição vai seguir sendo trabalhada com os alunos ao longo de todo o ano. “Nós vamos resgatar a história da escola, convidando ex-funcionários, ex-alunos e ex-pais pra virem contar como foi pertencer à Emei Santo antônio em algum momento da sua trajetória de vida. Também queremos montar um livro que conte a história ao longo dos 30 anos”, conclui Alini.
Professora trabalha há 28 anos na escola
Há 28 anos a professora Carmen Regina de Souza, 58, trabalha na Emei Santo Antônio com a educação infantil. Nesse período, ela viu a instituição crescer a passou por turmas do berçário, maternal e jardim. “Trabalhar com crianças nos renova a cada dia, porque cada dia é um dia diferente. Às vezes a gente chega meio para baixo e vem aquele abraço gostoso, aquele sorriso de uma criança, isso nos recarrega”, destaca a professora.
A união da equipe que trabalha na instituição também é um ponto positivo destacado por Carmen, que define o grupo como uma família. “A gente se abraça junto em todas as questões, desde a parte pedagógica até um projeto ou causa. isso me deixa muito emocionada”, diz. A comunidade também sempre está presente apoiando no que é necessário. “Eu cheguei de manhã e na quadra todos os vizinhos tinham colocado balões nas grades. É uma coisa pequena, mas que nos emociona”, comenta a professora.
Carmen conta que quando chegou na escola havia apenas um prédio e o pátio era bem menor. “Eram poucos alunos, o refeitório era pequeno, o pátio era pequeno. Através de conquistas conseguimos o restante do terreno, que era da associação do bairro. Hoje a quadra toda pertence à escola”, lembra. Grande parte das melhorias vieram através da realização de rifas e ações em conjunto com o CPM. “A gente sempre está em busca de melhorias, porque a cada dia a demanda de crianças aumenta mais, então a luta não para”, conclui a professora.
Comemoração contou com participação da primeira diretora
A celebração pelos 30 anos da Emei Centenário também contou com a participação de ex-diretoras da instituição. A primeira delas foi a professora Nina Rosa Azeredo da Silva, 76, que permaneceu à frente da escola por 9 anos e 10 meses.
Ela conta que, na época, trabalhava como diretora de Educação Infantil na Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Inicialmente, Nina foi designada para ajudar na organização da escola. “A gente veio e colocou algumas mesinhas nas salas e fizemos um ambiente bonitinho para as crianças. Mas até aquele momento eu não imaginava que seria a diretora”, relata.
O convite para assumir a direção veio da então secretária de Educação do Município, que confiou à professora a missão de estruturar a instituição nos primeiros anos de atividade. “Eu me assustei com o convite, porque nunca havia trabalhado como diretora de escola. Então eu vim e foi muito bom, aprendi bastante com as colegas que vieram comigo e sou muito grata por tudo o que vivi aqui”, afirma Nina.
Mesmo estando longe da Emei Centenário há 20 anos, a professora comenta que até hoje é lembrada pelos ex-alunos da época e sonha com as crianças. “Quando eu converso com alguém eu digo sempre que a comunidade é maravilhosa, sempre nos ajudou muito, as crianças nem se fala. Foi uma coisa muito boa na minha vida, eu cresci como pessoa e sempre procurei fazer o que eu sabia da melhor forma. Então eu tenho uma recordação muito boa”, conclui.
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