Montenegro começa a enfrentar desabastecimento de água devido à cheia do Rio Caí. Bairros como Aeroclube, Progresso, Santa Rita e Santo Antônio já estão sofrendo com a falta de água desde o final da manhã desta quarta-feira, dia 1º, e a previsão é de que outras áreas também sejam afetadas até o final do dia.
Lutero Cassol, superintendente da Corsan/AEGEA, explicou que a Estação de Tratamento de Água (ETA) localizada próxima às pontes do Rio Caí foi alagada, comprometendo o funcionamento da estação de bombeamento. A água do rio atingiu níveis alarmantes, chegando próximo ao telhado da subestação, o que representa um aumento de um metro em relação à última cheia registrada em novembro de 2023.
Atualmente, a ETA 1, localizada na rua Apolinário de Moraes, no Centro, está operando com capacidade reduzida, produzindo cerca de 60 litros por segundo. No entanto, a perda de 160 litros por segundo na ETA 2, devido à inundação, compromete significativamente o sistema de abastecimento da cidade.
Com a continuação da elevação do nível do rio, a possibilidade de colocar a ETA 2 em funcionamento torna-se remota. Cassol enfatiza a importância de a população utilizar água de forma consciente e econômica, dada a atual situação.
Medidas estão sendo tomadas para priorizar o fornecimento de água para áreas não afetadas pela cheia. Registros de redes em áreas alagadas estão sendo fechados para preservar o abastecimento em outras regiões, e geradores estão sendo mobilizados para garantir o fornecimento de energia, se necessário.
É impossível prever a duração exata do desabastecimento, pois depende da redução do nível do rio. Cassol ressalta que a recuperação do sistema de abastecimento só será possível após a diminuição significativa do nível das águas, permitindo a limpeza e a retomada das operações nas instalações afetadas.
Diante dos eventos climáticos cada vez mais extremos, o superintendente regional afirma a necessidade de considerar medidas para aumentar a segurança do abastecimento de água em Montenegro, como a otimização das estações de tratamento e a busca por alternativas que reduzam a vulnerabilidade às cheias do Rio Caí.