Biblioteca Pública Hélio Alves de Oliveira: 74 anos de promoção à leitura

ANIVERSÁRIO sem festa, mas com sensação de dever cumprido

No dia 30 de setembro de 1949, a Biblioteca Pública Municipal Hélio Alves de Oliveira teve seu projeto de lei de criação aprovado por unanimidade entre os vereadores montenegrinos, marcando o início de uma história rica em literatura e cultura no município de Montenegro. Fundada oficialmente em 25 de novembro daquele mesmo ano, a biblioteca foi entregue à comunidade montenegrina um mês após, durante os festejos natalinos, simbolizando um presente de Natal que perdura até os dias de hoje. Ao completar 74 anos em 2023, a Biblioteca optou por não realizar festividades em respeito às vítimas das cheias do Rio Caí. A decisão foi tomada em consenso pela direção e funcionários da instituição, demonstrando sensibilidade diante das dificuldades enfrentadas pela comunidade.

Conforme Maria Terezinha Kraemer Canello, a Nica, diretora da instituição, apesar da ausência de comemorações neste ano, os planos para celebrar os 75 anos da Biblioteca já estão em andamento. “Estamos organizando uma série de atividades para o próximo ano, a cada mês, para marcar essa data tão significativa”, afirma Nica.

A criação da Biblioteca Pública Municipal teve como objetivo principal facilitar o acesso do público à literatura em suas diversas formas, promovendo a cultura e o conhecimento. Nica ressalta que esse objetivo continua vivo, e diversos projetos de fomento à leitura são realizados no espaço. “O livro tem capacidade transformadora. Através dessa transformação, podemos melhorar nossa participação como cidadãos do mundo”, destaca a diretora.

Em 2023, a biblioteca já recebeu mais de mil pessoas, entre o público adulto e infantil, em busca de livros variados. Conforme Nica, esse movimento é crescente, como mostram os registros de visitação. “Uma cidade do porte de Montenegro ter uma biblioteca por tantos anos é motivo de orgulho. As pessoas devem valorizar isso. Há 74 anos já se pensava em valorizar cada vez mais a leitura”, acrescenta Nica.

O acervo da Biblioteca retornou a sede em 18 de dezembro de 2020, após 8 anos de atendimentos no Parque Centenário

Seis colaboradores desempenham funções para promover os serviços na Biblioteca. Entre eles, a bibliotecária Alexandra Flores, primeira profissional concursada a ocupar o cargo. Ela destaca a importância do espaço como um centro de informação disponível para a comunidade. “Me sinto realizada. Através dos livros, as pessoas geram conhecimento”, sublinha Alexandra.

Luciano Paes, agente administrativo na Biblioteca desde 2008. Contudo, ele vai além de suas atividades e arrisca palpites que costumam ser certeiros. “A gente procura identificar o perfil do leitor e, com isso, diante do conhecimento que se tem do acervo, acaba indicando algumas obras. Na maioria das vezes, a gente consegue acertar”, pontua Luciano, convidando todos os leitores a prestigiarem a biblioteca. “Trabalhar entre os livros é quase um presente. Convidamos todos os leitores para prestigiar nossa Biblioteca”, pontua Luciano.

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