Morte ocorreu na manhã de ontem no bairro Cinco de Maio
Um adolescente de 13 anos morreu na manhã de ontem, segunda-feira, 27, no lago de uma pedreira abandonada, situada no bairro Cinco de Maio. O local é bastante perigoso e anos atrás já ocorreram outros afogamentos, pois tem um paredão, pedras escorregadias e profundidade de mais de três metros.
A antiga pedreira fica na encosta do morro São João, em frente ao cemitério e atrás do quartel dos bombeiros de Montenegro. Três adolescentes, após treinarem na escolinha de futebol do Fera, no campo do América, ontem de manhã, decidiram ir de bicicleta até a pedreira, que fica bem próxima.
Mesmo não estando muito quente, William Rodrigues teria mergulhado, pulando de cima de uma pedra. Ele chegou a voltar para a superfície, mas os amigos relataram aos policiais que ele começou a se debater e submergiu, não sendo mais visto. Os amigos disseram que tentaram salvá-lo, mas como não o localizaram foram em busca de socorro, nos bombeiros e no campo do América.
As buscas dos bombeiros iniciaram por volta das 11 horas, com o uso de um barco. Em torno de 12h20min o corpo foi localizado. Segundo os bombeiros, estava numa profundidade de cerca de três metros.
Comoção dos familiares
A Brigada Militar isolou o local até a retirada do corpo para ser encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), em Porto Alegre, para ser submetido a necropsia. Parentes, colegas e amigos estavam consternados.
Um dos momentos de maior comoção foi quando chegou o pai, Giovani. Ele estava cuidando da esposa, Edna, que se encontra internada no Hospital Unimed Vale do Caí devido a um problema de hérnia. Ao ficar sabendo, o pai foi correndo até o local do afogamento e não conteve os gritos de desespero.
William Rodrigues, conhecido como “Will”, era muito estimado por todos. Além de participar da escolinha de futebol do Fera, era estudante do 8º ano da Escola Promorar, no bairro Germano Henke. Também era integrante da União da Mocidade da Assembleia de Deus (Umadm) e músico da Orquestra Acordes de Sião, onde cooperava tocando bateria. Os pais, também muito religiosos, são líderes de jovens da congregação Bela Vista da Assembleia de Deus. O pastor presidente da igreja, Antônio Padilha, lamenta a perda tão precoce do menino. “A dor e a tristeza que a Igreja sente neste momento é muito grande”.
Os atos fúnebres, com velório, são realizados na igreja Assembleia de Deus do bairro Rui Barbosa, na Rua Monteiro Lobato, com cerimônia de despedida prevista para às 14h e o sepultamento devendo ocorrer nesta terça-feira às 15h no Cemitério de Montenegro. “O William era um adolescente extremamente participativo e atuante. Amava tocar bateria e estava sempre disposto a participar das atividades. Os pais também sempre foram muito dedicados, acompanhando e incentivando ele na igreja. Além da música, ministrava a palavra de Deus e participava de outras atividades. Sempre buscava mais conhecimento. É uma grande perda”, lamentou a superintendente da Umadm, Kelly da Silva.
