Começou nesta segunda-feira, 4 de novembro, a 22ª Feira do Livro de Montenegro e 17ª Feira do Livro do Vale do Caí, um dos eventos culturais mais aguardados da região. O Centro Cultural de Montenegro, localizado ao lado da Biblioteca Hélio Alves de Oliveira e do Teatro Roberto Atayde Cardona, sedia a festa literária que promete uma programação diversificada de segunda a sábado, com entrada gratuita para o público.
A abertura do evento foi marcada por um Tributo a Belchior, realizado pelo ator e cantor Silvero Pereira, que encantou o público com uma performance cheia de emoção. À medida que a noite avançava, a presença de autoridades, escritores e educadores reafirmava o compromisso da cidade com a literatura e a educação.
Este ano, a Feira do Livro tem como Patrono o escritor Eduardo Kauer, que recebeu homenagens durante a cerimônia de abertura. A Feira também prestou tributo ao professor João Batista Goulart, reconhecendo sua contribuição à formação de gerações de leitores e educadores.
Em seu discurso, Kauer destacou a importância da literatura e da leitura, lembrando de uma conversa com um aluno que o questionou sobre o “maior vilão da história”. O escritor refletiu sobre o poder dos livros, dizendo que “o Livro não tem bem ou mal”, mas depende da interpretação de cada leitor. “O Livro é como um cadáver colocado na estante. São vocês, leitores, que o ressuscitam”, afirmou Kauer, reforçando a ideia de que a leitura é capaz de dar nova vida às palavras.
A secretária de Cultura Desporto e Turismo, Dani Boos, que coordenou a organização do evento, também fez questão de destacar a importância do Centro Cultural como palco da Feira do Livro. “Lamentavelmente, nos desacostumamos a visitar a Biblioteca e a prestigiar espetáculos no Teatro. Queremos trazer os montenegrinos de volta ao Centro de Cultura do Município”, afirmou.
A importância da leitura
Em seu discurso, o prefeito Gustavo Zanatta celebrou a realização da Feira do Livro no Teatro Roberto Athayde Cardona, que esteve fechado por mais de uma década. Ele destacou a relevância do espaço para a cidade e para o fortalecimento da cultura local. “Estamos diante de uma programação cultural de alto nível, que vai agregar conhecimento a todos que passarem por aqui até sábado”, disse Zanatta, enfatizando o papel fundamental da leitura no desenvolvimento intelectual e social. Ele também defendeu a leitura como uma forma de resistência em um mundo cada vez mais digital. “Ler desperta a imaginação, nos torna mais criativos e sábios. Ler é aprender, é evoluir”, completou.
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