Montenegro permanece na Bandeira Vermelha

R08 teve mais hospitalizações e óbitos do que na última semana

O governo do Rio Grande do Sul divulgou no final da tarde dessa segunda-feira, 27, o mapa definitivo da 12ª rodada do Modelo de Distanciamento Social Controlado. Mais uma vez, como já ocorre há mais de um mês, a Região 08, da qual Montenegro faz parte, se mantém na bandeira vermelha – de risco alto pela contaminação e ocupação de leitos hospitalares em decorrência do novo coronavírus.

O mesmo vale para os demais municípios da mesma região: Barão, Canoas, Capela de Santana, Esteio, Harmonia, Nova Santa Rita, São José do Sul, São Sebastião do Caí, Sapucaia do Sul e Triunfo. Apesar de também fazerem parte da R08, Brochier, Maratá, Pareci Novo, Salvador do Sul, São Pedro da Serra, Tabaí e Tupandi podem seguir com regras da bandeira laranja pois não tiveram óbitos ou hospitalizações de moradores nos últimos quatorze dias.

Quem ficou com as maiores restrições da bandeira vermelha – que limita as atividades empresariais – tinha até as 6 horas desse domingo, 26, para recorrer. Os pedidos de reconsideração foram avaliados pelas equipes técnicas do governo e, das 20 regiões, oito ficaram na vermelha. O restante passou para a laranja. Desse modo, o mapa fica igual ao da semana anterior. Na rodada preliminar divulgada na sexta-feira, 14 regiões haviam sido enquadradas na bandeira vermelha e seis na laranja. Os recursos de seis regiões, portanto, foram aceitos pelo governo do Estado. A medida vale a partir desta terça-feira, 28.

No período analisado pelo Estado, a região de Montenegro mostrou piora no número de hospitalizações de pacientes com coronavírus, na comparação com a semana anterior, ainda que tenha apresentado aumento no número de UTI’s disponíveis com os novos leitos que foram habilitados. Na análise dos indicadores (que também levam em conta os óbitos e número de contaminados, por exemplo), o grupo de municípios ficou com o índice final de 1,86. O modelo considera como bandeira vermelha a região que passar de 1,5. Após 2,5, ela entraria na bandeira preta, com ainda mais restrições.

Município tem apenas cinco leitos de UTI desocupados

A taxa de ocupação dos leitos de UTI adulta em Montenegro é de 80%, segundo o boletim atualizado pela Secretaria de Estado de Saúde às 18h07min dessa segunda-feira, 27. Dos 25 leitos de UTI adulto disponíveis nos hospitais da cidade, 20 estão ocupados. 12 deles são usados por pacientes com outras enfermidades, seis, por pessoas com suspeita de Covid-19 e dois, com pacientes confirmados com o novo coronavírus.

Dos 25 respiradores em UTI adulto, onze estão sendo usados (44%). E, em se tratando dos Leitos Covid-19 fora de UTI Adulto, a taxa de ocupação na cidade é de 64.9%, de acordo com o boletim estadual.

Amvarc pede por maior flexibilização

Na última terça-feira, 21, o governador Eduardo Leite propôs à Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) uma maior autonomia para as Associações Regionais e municípios no Modelo de Distanciamento Controlado de acordo com cada realidade regional. Com isso, os prefeitos poderão participar ativamente do processo de protocolos de abertura do comércio. Mesmo assim, a lógica das bandeiras deve permanecer. A alteração ainda está em discussão.

As associações regionais montaram um documento com propostas acerca das bandeiras e após reunião virtual com o governador, na última quarta-feira, 22, a Associação dos Municípios do Vale do Rio Caí (Amvarc), que tem como presidente o prefeito de Harmonia, Carlos Alberto Fink, também vice-presidente da Famurs, decidiu apoiar a proposta que busca manter a bandeira laranja e também o tratamento precoce contra a Covid-19.

Foram seis alterações propostas: a possível utilização das medidas da bandeira laranja, segundo os cuidados prévios necessário à pandemia; adoção das medidas das bandeiras vermelha e preta a partir das deliberações regionais; autonomia municipal na definição das políticas de enfrentamento da pandemia. Além de fixação de critérios próprios pelas associações regionais; implantação do tratamento precoce como política do Estado e dos Municípios e determinação do governo do Estado para que a Brigada Militar e Polícia Civil atuem no cumprimento do decreto estadual que veda aglomerações de qualquer natureza. Até o momento, o governo não deu retorno sobre a questão.

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