Sobre caminhar

“Se há caminhar no paraíso, há paraíso no caminhar.” (James Hillman)
De que modo guiamos nossos passos? Empregamos nossos esforços à busca de uma conquista, que está sempre lá, no final, em forma de recompensa, ou sabemos reconhecer as pequenas doses de paraíso ao longo do caminho?

Independente da nossa resposta, há uma certeza: os caminhos percorridos se tornam parte de nós. Deles, trazemos memórias: conscientes e inconscientes. Seja das experiências vividas ou daquelas que deixamos de viver.

A partir de hoje estarei colaborando, quinzenalmente, com este espaço. Logo, tudo o que trago, também é fruto do meu caminhar.
Minha pretensão? Tal como caminhante, apresentar conceitos da psicologia vivenciados (e vivenciáveis) no dia a dia da cidade e daqueles que por ela circulam. Mas por que conceitos da psicologia?

Sou Psicólogo Clínico, formado pela Unisinos.Desta jornada, de construção profissional, trago ainda as importantes marcas das instituições desta cidade pelas quais passei.

Do Instituto de Educação São José, trago a base que fundamenta nossa consciência: o conhecimento nos faz ultrapassar as fronteiras que nos limitam.Da Secretaria da Saúde, o alento daqueles que ainda acreditam e lutam – mesmo que guiados pelo tênue fio da esperança – por um sistema de saúde digno e eficiente. Do CAPS, a força dos guerreiros que seguem a luta, mesmo após uma batalha perdida, porque carregam em si a certeza de que a guerra não acabou. Da Novo Passo Equoterapia carrego a ternura e a certeza de que não estamos sós.Cada novo passo em direção ao outro, sempre nos aproxima de nós mesmos. Da APAE, uma imagem: o coração! A diferença está naquilo que não queremos enxergar em nós mesmos.

Atualmente, enquanto aprofundo meus estudos em Clínica Analítica Junguiana, dedico atenção especial às histórias, destes“caminhantes da vida”, que recebo em meu consultório. As marcas do caminhar seguem sendo inscritas a todo instante.
Sob a ótica destas vivências, vejo uma psicologia que se faz presente em todos os setores da nossa sociedade. Assim, ela também trata destes caminhos a serem trilhados e suas marcas. Ela é prática, sem deixar de ser profunda. É real, sem descuidar da subjetividade. Em síntese: é o próprio caminhar.

Daí a importância de vivermos o lugar onde estamos “de corpo e alma”. É ilusório procurar pelo “paraíso”. Ele sempre estará exatamente debaixo dos nossos pés! Na sacralidade que formos capazes de dar ao lugar, ao tempo e às relações à nossa volta.
Mas isto é assunto para uma próxima conversa…

Tenham todos um dia repleto de Paz e Bem!!

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