O ano de 2022 encerrou com o Governo Eduardo Leite exaltando que, pelo segundo ano consecutivo, o RS alcançara o superávit orçamentário. As notícias vindas do Palácio Piratini davam conta que, quando calculada a diferença entre receitas e despesas, o Rio Grande do Sul teve saldo positivo de R$ 3,3 bilhões no ano. Em 2021, o resultado já havia sido positivo, de R$ 2,2 bilhões. Ou estamos diante de um estelionato eleitoral ou de contabilidade criativa.
Ocorre que já neste início de 2023 todo o cenário idílico parece ter ruído. A notícia veiculada na imprensa gaúcha com a afirmação da Secretária Estadual da Fazenda, Pricilla Santana, que anunciou que os servidores públicos estaduais não terão revisão geral dos seus vencimentos em 2023, mostra, mais uma vez, que o Governo Eduardo Leite não valoriza os trabalhadores do Executivo. É bom lembrar que, especificamente os servidores da área da segurança pública e da saúde não pararam de trabalhar, não ficaram em home office e estiveram na linha de frente durante dois anos de pandemia de COVID.
O governador Eduardo Leite e seu Vice, Gabriel Souza, elegeram-se prometendo uma valorização dos servidores públicos estaduais. Afinal, as contas estavam equilibradas. Disseram aos quatro ventos que os problemas financeiros do estado haviam sido equacionados. Como se vê agora, então, não foi bem isso. Ou estão tergiversando que haja problema financeiro. Ou estão faltando com a verdade quando dizem que valorizam os servidores públicos. Quem sabe não seja ambos. Na verdade, ao que parece, mais uma vez, o objetivo é precarizar o serviço público para alcançar o intuito maior que é privatizar e terceirizar. Ou seja, desonestidade política.
O Sindicato da Polícia Penal (SINDPPEN/RS), atuará forte para que os policiais penais sejam valorizados como merecem. O Governo do Estado parece não ter noção da bomba que está armando no sistema prisional.