No Evangelho de Lucas (Lc 6), o Sermão da Planície resume a mensagem do Sermão da Montanha de Mateus (Mt 5-7). Jesus anuncia aos pobres: “Felizes vós, os pobres, porque o Reino de Deus é vosso”. Em contraste, ele adverte os ricos: “Ai de vós, ricos, porque já tendes vossa consolação”. O texto destaca que quem confia em seres humanos e se desvia de Deus será infeliz.
Jesus contrasta ricos e pobres para ilustrar o Reino de Deus. Diferente do reino humano dos ricos, baseado em riqueza, poder e prazer, adquiridos muitas vezes por meios questionáveis, o Reino de Deus valoriza o eterno. As posses temporárias podem ser perdidas facilmente, seja por problemas legais, traições ou pela morte, deixando os ricos infelizes.
O que Jesus agora anuncia aos pobres é o contrário: vem de Deus, não dos homens. Porque os pobres ainda não se encheram com as suas próprias conquistas, tem valor para eles o “Reino de Deus”, o dom de Deus, o “sistema de Deus”. Que sistema? Aquilo que Jesus anuncia e prática: fraternidade, comunhão da vida, dos bens materiais e espirituais, partilha de tudo. É aquilo que Jesus, no evangelho, ensina aos seus discípulos: superar o ódio pelo amor, aperfeiçoar a “Lei” pela solidariedade, repartir os bens, e até sofrer por causa de tudo isso. Pois também para os que sofrem e são perseguidos há uma bem-aventurança.
No entanto, nossa sociedade segue uma direção oposta. A propaganda e o consumismo promovem uma mentalidade de riqueza e eterna insatisfação nas pessoas. Aqueles em situação de pobreza acabam se identificando com os mais ricos, consumindo suas novelas, modas e produtos supérfluos. Essa não é a mensagem positiva do evangelho, mas sim a advertência proferida por Jesus.
A diferença entre pobres e ricos não está em serem melhores ou piores, mas na orientação de suas esperanças. Os pobres, quando não corrompidos, buscam em Deus, enquanto os ricos tendem a se satisfazer com suas posses. Que ambos experimentem a esperança dos pobres e pratiquem a solidariedade.
A esperança no reino transcende a vida material. Esta esperança está fundamentada na ressurreição de Cristo: Se temos esperança em Cristo tão-somente para esta vida, somos os mais lamentáveis de todos! Aquele que se tornou pobre por nós é quem nos enriquece com o amor infinito do Pai, revelado através do sacrifício da própria vida. O reino anunciado por Jesus aos pobres inicia-se com a justiça e a fraternidade, mas possui um horizonte além da nossa compreensão terrena.
Pe. Diego Knecht
PROGRAMAÇÃO
- 14.02.2025 – Sexta-feira
- 18h30 – Missa na Catedral
- 15.02.2025 – Sábado
- 15h30 – Missa na Com. Nª Sra. do Rosário
- 16h – Missa na Com. Pinheiros
- 17h – Missa na Catedral
- 17h30 – Missa na Com. Nª Sra. dos Navegantes
- 19h – Missa na Com. Santo Antônio
- 19h – Missa na Com. Imaculado Coração de Maria
- 16.02.2025 – Domingo
- 07h- Missa na Catedral
- 08h30 – Missa na Com. Bom Pastor
- 09h – Missa na Catedral
- 10h – Missa na Com. Nª Sra. das Graças
- 18h –Missa na Catedral
- 17.02.2025 – Segunda-feira
- 20h – Terço na Com. Nª Sra. das Graças
- 20h – Grupo de Oração na Com. Santo Antônio
- 18.02.2025 – Terça-feira
- 18h30–Catedral com benção da saúde
- 19.02.2025 – Quarta-feira
- 18h30 – Catedral
- 20.02.2025– Quinta-feira
- 18h30 –Missa na Catedral