Estamos chegando ao final do tempo quaresmal. A liturgia da Palavrado 5º Domingo da Quaresma fala-nos de um Deus que ama e cujo amor nos desafia a ultrapassar as nossas escravidões para chegar à vida nova, à ressurreição.O Evangelho (Jo 8,1-11) diz-nos que, na perspectiva de Deus, não são o castigo e a intolerância que resolvem o problema do mal e do pecado; só o amor e a misericórdia geram ativamente vida e fazem nascer o homem novo. É esta a lógica de Deus que somos convidados a assumir na nossa relação com os irmãos e irmãs.
Diante de Jesus, temos uma mulher que, de acordo com a Lei, tinha cometido uma falta que merecia a morte. Para os escribas e fariseus, trata-se de uma oportunidade de ouro para testar a ortodoxia de Jesus e a sua fidelidade às exigências da Lei; para Jesus, trata-se de revelar a atitude de Deus frente ao pecado e ao pecador.
Apresentada a questão, Jesus não procura branquear o pecado ou desculpabilizar o comportamento da mulher. Ele sabe que o pecado não é um caminho aceitável, pois gera infelicidade e rouba a paz… No entanto, também não aceita pactuar com uma Lei que, em nome de Deus, gera morte. Porque os esquemas de Deus são diferentes dos esquemas da Lei, Jesus fica em silêncio durante uns momentos e escreve no chão, como se pretendesse dar tempo aos participantes da cena para perceber aquilo que estava em causa.
Finalmente, convida os acusadores a tomar consciência de que o pecado é uma consequência dos nossos limites e fragilidades e que Deus entende isso: “quem de vós estiver sem pecado, atire a primeira pedra”. E continua a escrever no chão, à espera de que os acusadores da mulher interiorizem a lógica de Deus – a lógica da tolerância e da compreensão. Quando os escribas e fariseus se retiram, Jesus nem sequer pergunta à mulher se ela está ou não arrependida: convida-a, apenas, a seguir um caminho novo, de liberdade e de paz (“vai e não tornes a pecar”).
A lógica de Deus não é uma lógica de morte, mas uma lógica de vida; a proposta que Deus faz aos homens através de Jesus não passa pela eliminação dos que erram, mas por um convite à vida nova, à conversão, à transformação, à libertação de tudo o que oprime e escraviza; e destruir ou matar em nome de Deus ou em nome de uma qualquer moral é uma ofensa inqualificável a esse Deus da vida e do amor, que apenas quer a realização plena do homem.
Na atitude de Jesus, torna-se particularmente evidente a misericórdia de Deus para com todos aqueles que a teologia oficial considerava marginais. Os pecadores públicos, os exilados, os infratores notórios da Lei e da moral encontram em Jesus um sinal do Deus que os ama e que lhes diz: “Eu não te condeno”. Sem excluir ninguém, Jesus promoveu os desclassificados, deu-lhes dignidade, tornou-os pessoas, libertou-os, apontou-lhes o caminho da vida nova, da vida plena. A dinâmica de Deus é uma dinâmica de misericórdia, pois só o amor transforma e permite a superação dos limites humanos. É essa a realidade do Reino de Deus.
Pe. Diego Knecht
PROGRAMAÇÃO
04.04.2025 – Sexta-feira
14h30 – Adoração e benção do Santíssimo e Missa do Apostolado da Oração na catedral
18h30 – Via Sacra e Missa na Catedral
05.04.2025 – Sábado
15h30 – Missa na Com. Nª Sra. do Rosário
16h – Missa na Com. Pinheiros
17h – Missa na Catedral
17h30 – Missa na Com. Nª Sra. dos Navegantes
19h – Missa na Com. Sto Antônio
19h – Missa na Com. Imaculado Coração de Maria
06.04.2025 – Domingo
07h- Missa na Catedral
08h30 – Missa na Com. Bom Pastor
09h – Missa na Catedral
10h – Missa na Com. Nª Sra. das Graças
18h –Missa na Catedral
07.04 – Segunda-feira
20h – Terço na Com. Nª Sra. das Graças
20h – Grupo de Oração na Com. Santo Antônio
08.04 – Terça-feira
18h30–Catedral com benção da saúde
09.04 – Quarta-feira
18h30 – Catedral
20h – Grupo de Oração na Catedral
10.04.2025– Quinta-feira
17h30 – Adoração e Benção do Santíssimo na Catedral
18h30 –Missa na Catedral