Você já rompeu relações com alguém próximo — pais, filhos, amigos? Situações assim doem e, muitas vezes, surgem de forma inesperada. Divergências religiosas, políticas, estilos de vida ou disputas familiares (heranças, separações) são causas comuns. A pandemia acentuou isso, criando bolhas e empobrecendo os nossos diálogos presenciais.
Muitos rompimentos vêm da rejeição a novos relacionamentos dos pais ou filhos, ou de brigas com vizinhos. Mesmo com tentativas de reconciliação, as feridas nem sempre cicatrizam. Às vezes, o silêncio permanece até a morte.
Essas rupturas afetam nossa saúde emocional. Com o tempo, passamos a escolher quem queremos por perto. O diálogo se torna seletivo. A distância geográfica e o individualismo ampliam a desconexão. A sensação de pertencimento à família ou comunidade perde força. Aquele almoço na casa dos pais já não basta para manter os laços.
Reconstruir exige disposição. Queremos mesmo reconectar, conviver? Alguns criam “zonas neutras”, evitando temas delicados. Mas o desejo de reencontro pode enfraquecer. A comunicação digital também fragiliza vínculos, tornando encontros raros e menos profundos.
A compaixão é essencial na cura de relações adoecidas. Rompimentos carregam culpa, tristeza, vergonha. Escuta, acolhimento e empatia são caminhos para a cura. Grupos de confiança podem ajudar. Alguém precisa dar o primeiro passo, abrir mão das mágoas e permitir o recomeço.
Em Lucas 15, a parábola dos dois filhos mostra que ambos estavam distantes do pai: um fisicamente, outro afetivamente. O reencontro é recebido com alegria, sem julgamentos. O amor pode vencer o afastamento.
Você sente saudade de alguém que se afastou? Deseja reencontrar-se? É normal sentir dor diante de quem nos feriu. Que tal considerar a história completa da convivência? Lembrar bons momentos pode amenizar a dor e reacender o desejo de reconciliação. A vida é maior que raros episódios.
Viver é lidar com as diferenças. A vida nem sempre segue nossos planos. Mágoas não curam: adoecem. O perdão liberta. O ódio destrói. O amor reconstrói. A guerra mata, o diálogo a pode evitar
Deus nos convida ao primeiro passo. Ele mesmo deu o primeiro passo, através de Jesus, reconciliando-nos. Por isso, amemos uns aos outros. Mesmo que a proximidade antiga não volte, o respeito pode permanecer. Não deixe que a raiva escreva sua história.
P. Werner Kiefer
Agenda da semana:
20/06 –14h30- mão que Servem
21/06 –16h-Diálogo Pré Batismal
22/06 – 9h, Culto com Batismo, Oração Memorial, e Culto infantil em paralelo.
26/06 –18h, Ensino Confirmatório do 1º ano, 19h30-ensaio do Coral.