A cigarra vivia saltitando e cantando pelo bosque. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou:
Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente aproveitar!
Não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso trabalhar.
Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer. Um belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra folha.
A cigarra então aconselhou:
Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos cantar e dançar!
A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava e ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga. Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se divertindo, olhou feio para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha terminado a vidinha boa.
A rainha das formigas falou então para a cigarra:
Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra!
Esta história ouvi inúmeras vezes e aprendi com ela que a questão é trabalhar se não vamos passar fome, frio no inverno, inclusive.
Na célebre fábula contada por La Fontaine, conforme a interpretação de Roberto Chianyshiqui, formigas e cigarras jogavam em times opostos. Odiavam-se por serem espelhos da fraqueza alheia. A formiga, com a sua dificuldade de desfrutar a vida, vivia sobrecarregada de trabalho. A cigarra fazia o que gostava, mas não tinha um senso de profissionalismo que lhe garantisse a sobrevivência. A cigarra e a formiguinha viviam muitas frustrações.
As duas têm muito a aprender uma com a outra. Necessitamos ajudar uns aos outros a crescer e agregar em vez de segregar.
A fé nos dá uma nova perspectiva, integrando melhor todos os aspectos da vida. Não há exemplo maior do que Jesus, que se sentou ao lado de mestres para aprender, mas também ajudou o pai na marcenaria. Ao lado dos discípulos, caminhou por estradas poeirentas pregando e curando doentes, mas igualmente colocou crianças no colo, contando-lhes lindas histórias. Por fim, após cumprir sua missão, em vez de subir direto aos céus, tirou um tempo para comer peixe assado com seus amados na praia. Acho até que fizeram uma roda de violão.
Trabalho e lazer são os dois trilhos que dão equilíbrio a vida. Deus nos serve através do lazer, da celebração/culto(“Gottesdienst” – Deus nos serve) E, nós servimos em gratidão a Deus por tudo que fez e faz pela nossa vida.
P. Werner Kiefer
Agenda da Semana:
03/05 – 9 h –Culto com Batismos;
06/05 – 14h30 –OASE ;
08/05-18h –Ensino Confirmatório 1º ano, 19h –ensaio do Coral;
