Dia dos namorados faz ressurgir alguns temas bem presentes nos relacionamentos. Você prefere beijar ou ter razão? Ambas serão possíveis?
Em qualquer relação — seja amorosa, familiar ou até profissional — chega o momento inevitável do conflito. Alguém acredita estar certo, o outro discorda. As vozes se alteram, os argumentos se repetem e, de repente, ninguém mais se ouve. No meio desse caos cotidiano, uma pergunta começa a circular nos encontros, diálogo com os amigos(as): é melhor beijar ou ter razão?
A frase parece boba, quase clichê, mas carrega uma sabedoria profunda sobre convivência. Ter razão, muitas vezes, é um desejo do ego. É a vontade de afirmar: “Eu sabia. Eu acertei. Eu venci.” Só que, em uma relação, ganhar sozinho raramente é uma vitória. E ter razão nem sempre resolve o problema — às vezes, só o alonga.
Beijar, aqui, é símbolo de reconciliação. Representa o gesto que interrompe o ciclo da disputa e convida à aproximação. Não necessariamente um beijo literal, mas qualquer atitude que sinalize: “eu escolho estar com você, não contra você.” E isso, paradoxalmente, exige muito mais força do que vencer uma discussão.
Claro, não se trata de apagar opiniões ou deixar de se posicionar. O ponto é perceber que, muitas vezes, insistir na razão destrói a ponte que nos conecta ao outro. Saber ceder é tão importante quanto saber argumentar. Beijar é, então, a arte de lembrar que existem afetos mais importantes do que egos satisfeitos e inflamados.
Em tempos de polarizações e debates acalorados nas redes sociais, esse dilema se torna ainda mais atual. Quem abre mão da razão, mesmo por um instante, costuma ser visto como fraco. Mas a verdadeira maturidade está em saber escolher as batalhas que valem a pena — e, muitas vezes, a relação vale mais do que a vitória.
Portanto, da próxima vez que a discussão ameaçar virar guerra, respire fundo e pergunte-se: quero estar certo ou quero estar junto? Em muitos casos, um beijo, um gesto de carinho ou um simples silêncio vale mais do que mil argumentos.
Afinal, ter razão pode satisfazer o orgulho. Mas beijar — no sentido mais amplo da palavra — alimenta o coração.
Que o dia dos namorados seja de celebração do amor, bem como, também espaço de diálogo sobre o que queremos para a nossa vida a dois, nosso lar.
Pastor Werner Kiefer
Hoje, as 14h30- Mãos que Servem;
Sábado, 19h-Culto temático: Dia dos Namorados e Família – Cultinho Infantil em paralelo.