Nos últimos sete dias, o estado do Rio Grande do Sul, incluindo a cidade de Montenegro, viveu um verdadeiro cenário de guerra. As intensas chuvas e as consequentes enchentes causaram a maior tragédia climática já registrada no nosso estado.
Em Montenegro, ruas e casas foram invadidas completamente por um avanço implacável da água do Rio Caí. Uma situação gravíssima e muito triste. Famílias foram obrigadas a abandonar seus lares, ginásios se transformam em refúgios improvisados e a vida cotidiana teve que ser interrompida. As inundações afetaram grande parte da cidade, inclusive locais que a água nunca sequer chegou, ultrapassando a praça Rui Barbosa, no Centro. Se achávamos que a enchente de novembro do ano passado já havia sido devastadora, o que pensar desta,onde o nível do rio superou todos os registros anteriores, tornando-se a maior enchente de todos os tempos.
No entanto, em meia à todas as adversidades, surgiram exemplos inspiradores de resiliência e solidariedade. Voluntários seguem se mobilizando para ajudar aqueles que foram afetados, pessoas se apoiando mutuamente e autoridades locais trabalhandoincansavelmente para fornecer assistência e coordenar os esforços para ajudar aqueles que mais necessitam.
Diante desse cenário devastador é crucial queseguimos em solidariedade e em esforços conjuntos para enfrentar essa crise. Seja oferecendo apoio às vítimas, disponibilizando alimentos, água, roupas e doações em dinheiro. Cada ação conta. Nessa hora temos que mostrarque somos uma comunidade unida. E é isso que vem acontecendo a cada dia que passa.
O último dia 4 de maio foi sem dúvida o aniversário mais triste da minha vida. Também tive a minha casa atingida pela enchente. A água avançou mais de um metro e meio, acarretando não somente perdas materiais, mas sim, um pedaço de nossas vidas. A água destrói sonhos e memórias, mas precisamos reunir forças para recomeçar e reconstruir nossas vidas.
Me solidarizo profundamente com todas as pessoas que perderam um pedaço de suas vidas, que tiveram que abandonar suas casas, deixando todos os seus pertences e bens pessoais para trás. Estou sem palavras para conseguir expressar esse momento tão difícil para todos nós gaúchos e montenegrinos.
Enquanto buscamos nos recuperar da maior catástrofe climática, que possamos encontrar força, coragem e esperança um no outro. Juntos vamos superar e reconstruir nossos lares. Contem comigo!