Zanatta segue defendendo os interesses do Vale do Caí

Quem conhece o prefeito Gustavo Zanatta e acompanha seu dia a dia, sabe que ele costuma ser uma pessoa relativamente calma. Pouca coisa o tira do sério e tem o respeito como regra. É graças a isso que ele ainda não socou a mesa durante as reuniões sobre temas de grande relevância para a população montenegrina: a crise no Hospital Montenegro e a demora do Estado e da União na execução de projetos de redução das cheias do Rio Caí. Um ano depois das maiores enchentes da nossa história, nenhuma intervenção foi realizada, para desespero daqueles que moram próximo às margens.

Semana passada, durante reunião com o ministro chefe da Casa Civil da Presidência da República, Rui Costa, faltou pouco para Zanatta “explodir”. Foi quando, de forma muito natural e despreocupada, o representante do governo Lula anunciou que os projetos para reduzir os impactos das cheias estarão concluídos daqui a quatro ou cinco anos. Zanatta ficou indignado e confrontou Costa em defesa não só de Montenegro, mas de todo Vale do Caí. “Nossa população não pode ficar esse tempo todo com medo de uma nova enchente”, reclamou. O ministro então prometeu rever os prazos, muito provavelmente para encerrar o assunto, passando a responsabilidade para o Governo Estadual.

Zanatta foi muito feliz na forma como fez as cobranças ao Ministro Rui Costa, sem ataques demagógicos e com sutileza, falou com a propriedade de quem conhece a realidade dos Municípios banhados pelo Rio Caí.

Nestas horas, fica sobejamente evidenciado que o Vale do Caí precisa de uma voz forte, comprometida e que conheça as reais dificuldades da população. Você já procurou se informar sobre o que o deputado que recebeu seu voto está fazendo pela nossa cidade?

Câmara faz coro com Zanatta

Talis liderando mais uma ação

Os vereadores de Montenegro se somam a voz do prefeito Gustavo Zanatta. Por iniciativa do presidente da Câmara, Talis Ferreira, e com o apoio de todos os integrantes do Legislativo Municipal foi aprovada uma “Moção de Apoio a efetivação de ações governamentais para mitigar os efeitos das cheias que atingem os Municípios gaúchos em especial o Vale do Caí” . O documento será entregue ao Governador Eduardo Leite.

Recebemos manifestações de leitores que acham que deveria ser uma Moção de Repúdio pela falta de ação dos governos, estadual e federal. Na verdade esta é a primeira idéia que vem a cabeça de todos nós. Mas, diante de tanta polarização e vaidades dos agentes políticos, a cautela dos vereadores é pertinente.

Se este cronograma não for ajustado e as coisas continuarem na inércia que estão, aí não resta outra alternativa a não ser aumentar o barulho. Há quem defenda inclusive obstruir rodovias, entre outras coisas

No momento, o ideal seria que todas as Câmaras dos Municípios da região adotassem a mesma estratégia, congestionando a agenda do Governador. Quem sabe isto possa trazer o pré-candidato a presidência da República ao mundo real em que vivemos aqui no Vale do caí.

Estado e União são responsáveis ou irresponsáveis

A indignação não é diferente no que diz respeito ao Hospital Montenegro. Desde o fim do ano passado, o prefeito Gustavo Zanatta e o presidente da Câmara de Vereadores, Talis Ferreira, junto com outras lideranças locais e regionais, vêm pleiteando uma solução. Os valores que o Estado repassa não são suficientes para pagar o atendimento. O governo Leite não cumpre a lei e se nega a aplicar os percentuais mínimos do orçamento em Saúde. Resultado: em todas as regiões, os hospitais estão falidos.

Tanto os projetos de redução das cheias quanto o custeio do Hospital não são responsabilidades da Prefeitura. Os municípios não podem bancar estas soluções. Primeiro, porque a lei não permite e, em segundo plano, porque não têm o dinheiro. É preciso dar nomes aos “bois”. Quem tem de resolver estes problemas são o presidente Lula e seus ministros e o governador Eduardo Leite e sua secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Ao prefeito Zanatta e sua equipe, que sentem na pele as cobranças da população embora estejam de mãos atadas, resta manter a serenidade. O problema é que a indignação vai crescendo e chega uma hora em que nem “calmante” resolve. A temperatura sobe e a explosão é inevitável.

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