Enquanto a maioria dos prefeitos brasileiros procura formas para diminuir e combater o impacto das gratuidades no transporte coletivo, Montenegro, na contramão, planeja ampliar gratuidades.
O colapso do transporte público não é de hoje, tampouco é problema exclusivo de Montenegro. Com a pandemia de Covid-19, a situação chegou à beira do abismo.
Cada cidade brasileira tem buscado resolver ou amenizar o problema à sua maneira. Aqui foram adotadas várias medidas, entre elas, ampliação da idade da frota, redução da alíquota do ISSQN, isenção da taxa Funtran, corte de várias linhas do interior e área urbana.
Em 2022, a Vimsa recebeu, a título de subsídio, indenização de gratuidades, o valor de R$ 852 mil, oriundo do Governo Federal. Neste mês de agosto, a Câmara de Vereadores de Montenegro, aprovou mais um subsídio para o transporte coletivo, leia-se Vimsa. O valor equivale a R$ 1.280.440,07 a título de indenização do déficit tarifário referente ao período de março a dezembro de 2022. Com o estabelecimento deste período, é possível pressupor que haverá indenização também em relação a 2023.
O secretário Geral, Wladimir Gonzaga informou, em entrevista ao Estúdio Ibiá, que segundo avaliação da CDTRAN Serviços de Consultoria, em torno de 11 mil usuários se beneficiam de gratuidades. E são muitas: idosos acima de 65 anos, policiais militares, oficiais da Justiça do Trabalho, Fiscais de Tráfego da Prefeitura com isenção total, estudantes com 50% e professores com 30% no período letivo.
Dentro do chamado programa de Apoio à Infraestrutura de Mobilidade Urbana está prevista a criação de mais uma gratuidade a ser subsidiada com recursos municipais, através de um cartão social para a população de baixa renda. O Município ainda não tem o valor definitivo que terá que subsidiar as atuais gratuidades, mas está planejando ampliar, estender a mais beneficiários.
Não seria mais prudente primeiro absorver, dentro das despesas regulares do Município, este valor a ser subsidiado e somente, em um segundo momento avaliar mais uma subvenção?
Por outro lado, o retorno das linhas canceladas não tem nem uma previsão de data.
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Recurso para a Transcitrus depende de 10 deputados
O deputado federal Pompeo de Mattos (PDT), disse à reportagem do Ibiá que, para incluir a Transcitrus entre um dos 17 projetos de bancada, é necessário o voto de 10 deputados federais. Estando entre os 17 projetos prioritários, será possível aportar recursos da bancada gaúcha.
A definição deve ocorrer entre outubro e novembro. Pompeo acredita que é possível incluir a Transcitrus. Disse que faltam 9 votos, pois o seu já está garantido. O recado é para os prefeitos da região da rodovia, que precisam buscar o apoio dos parlamentares que apoiaram, para não só incluir nos projetos da bancada, como também destinar um valor que a rodovia possa efetivamente avançar.
São necessários R$ 10 milhões para concluir a primeira etapa da Transcitrus, o que representa um trajeto de 4,5 quilômetros com trechos em Brochier, Maratá e São José do Sul a serem concluídos.
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De olho na Prefeitura
As lideranças políticas de Montenegro já respiram Eleições 2024. Todos os partidos, cada um com seu DNA, articulam nos bastidores com o objetivo de chegarem na campanha eleitoral mais fortes e capazes de conquistar o comando do Executivo Municipal.
O ex-governador Olívio Dutra, PT, nesta quinta, 17, participa de jantar aqui em Montenegro. O líder petista vem conversar com militantes, abonar novas filiações e tratar da formação de uma Frente Popular para disputar as eleições de 2024 em Montenegro e na Região do Vale do Caí. O foco é unir os partidos que apoiam o governo Lula.
A organização do evento também conta com a presença do deputado estadual Miguel Rossetto e do federal Elvino Bohn Gass.
Frente de oposição, sonho de alguns
O PDT também trabalha com o foco na formação de uma frente ampla de oposição. E na sexta-feira, 18, realiza evento de filiações e apresentação do projeto para 2024.
O presidente Luis Eduardo Conceição é convidado do Partido dos Trabalhadores para participar do evento petista. A idéia é alinhavar a formação de frente com PT e outros partidos de oposição, espelhando o que já vem acontecendo em nível federal.
No PDT não há novidades em relação a nomes para concorrer a Prefeitura: Paulo Azeredo e sua irmã Iolanda Azeredo Hofstatter são sempre os nomes citados.
No PT não é diferente, o professor Ricardo Kraemer aparece no topo da lista, novamente para o pleito do ano que vem.
Abrir mão é preciso
A grande dificuldade de formação de uma frente de oposição é que alguns terão que abrir mão de projetos individuais em prol de projetos coletivos. Esta tarefa pode ser mais complexa no PDT.
Enquanto isto, a dupla Zanatta/Braatz observa as movimentações no tabuleiro, estudando a próxima jogada.
Os Progressistas namoram com o atual governo e precisam buscar o consenso no partido. Um grupo defende a candidatura própria.
Outra peça sempre presente no jogo político é o ex-prefeito Percival de Oliveira, Republicanos, que já teria confidenciado a amigos sua preferência por concorrer a uma cadeira no parlamento municipal, e não ao Executivo.
