Pedágio de Capela vai afetar comércio de Montenegro

O início da cobrança de pedágio, programado para o mês de fevereiro, através do sistema free flow, localizado na RS 240, km 24,8 em Capela de Santana, vai impactar o comércio local. O consumidor capelense, que utiliza seu próprio veículo para deslocar-se para fazer compras em Montenegro, vai pensar duas vezes antes de optar por Montenegro ou Portão.

Moradores de Capela de Santana realizaram no início de dezembro um protesto, na altura do quilômetro 30, entre as localidades de Paquete e Segredo, onde está montada a estrutura do free flow da concessionária CSG, Caminhos da Serra Gaúcha. A manifestação teve como objetivo central o pedido de isenção da tarifa.

Na edição impressa do Ibiá, da última sexta, moradores de Capela de Santana relatam as dificuldades que enfrentarão com o alto valor da tarifa, impactando na vida dos trabalhadores e estudantes, que se deslocam para Montenegro diariamente. Inclusive com depoimento relatando que várias famílias estão se mudando por não ter condições de suportar o custo mensal dos deslocamentos.

A CSG não aceita nenhum tipo de concessão ou isenção que não tenha a devida contrapartida. O prefeito de São Sebastião do Caí, Júlio Campani, passou cerca de dois anos buscando uma solução para os moradores da Vila São Martin, Areião e Conceição, os mais afetados pela instalação da cobrança no Km 4,4 da ERS 122. A concessionária, respaldada no contrato de concessão celebrado com o governo Eduardo Leite, manteve-se irredutível aos apelos do chefe do Executivo caiense.

Campani não se rendeu e firmou um convênio com a CSG para subsidiar o pagamento da tarifa de moradores e empreendedores daquela região do Município. Além de construir uma via alternativa de 1,7 Km na estrada de Passo da Taquara, ligando a ERS-122 em Caí com a RS-240 em Capela, para evitar o custo do pedágio. E é exatamente isto que moradores e empresários de Capela de Santana esperam do prefeito Alfredo Machado. Se isto não acontecer, o comércio montenegrino deve perder muitos consumidores.

A administração Zanatta comemorou quando foi dada como definitiva a localização da cobrança do pedágio em território de Capela de Santana, acreditando que alguns metros além da divisa de Montenegro eliminaria prejuízos à economia da cidade. Na prática, o custo de ir e vir, tanto para os montenegrinos quanto para os capelenses, está estabelecido. A maioria dos comerciantes de Montenegro não se deu conta da perda iminente de clientes, que passarão a freqüentar os estabelecimentos comerciais da cidade com menos freqüência. Alguns mais atentos aguardam, com ansiedade, que o prefeito da cidade vizinha encaminhe a Câmara Municipal legislação semelhante ao que já foi feito em Caí. Assumindo, desta forma, o custo da tarifa destes moradores e empreendedores de Capela de Santana, que se deslocam diariamente para Montenegro. A estimativa é de que, no mínimo, cerca de 700 famílias estejam nesta situação.

Quem vem a nossa cidade para comprar, estudar ou trabalhar terá um custo diário de R$ 18,00 por carro. Em torno de R$ 468,00 por mês, dependendo do número de dias úteis

Além disto, nem mesmo novas oportunidades de trabalho serão geradas em função da tecnologia utilizada na operação, uma vez que será toda automatizada. Mesmo sem os custos de pessoal para a cobrança, nenhum centavo será reduzido do valor inicial da tarifa, estabelecido no contrato de concessão. O legítimo negócio da “China”.

Três cidades afetadas pelo pedágio e três realidades. Em uma delas o prefeito trabalha em buscas de alternativas para amenizar os prejuízos à economia e aos moradores. Em outra, o prefeito comemora e na terceira o outro prefeito ignora os apelos da população.

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Que vergonha!
Você leitor deve estar imaginando em que parte da periferia é este lixão de descarte de inservíveis. Na verdade, é bem no centro da cidade. Mais especificamente na rua São João onde era o estacionamento da Prefeitura, fundos do antigo prédio onde funcionava a Câmara de Vereadores.

A cena é de impressionar, especialmente por criar um ambiente propício para criadouro de ratos, baratas, aranhas e do mosquito da dengue, o famoso AEDES AEGYPTI. Sim, em maiúsculo, porque é preciso gritar em relação a este relaxamento.

Um mau exemplo num momento de proliferação do mosquito

Telhado de vidro
“Faça o que eu digo, não faça o que eu faço” é a lógica que faz justiça ao ditado popular. A Prefeitura alerta para todos os moradores cuidarem de seus pátios, mas não cuida do seu.
Assim, os agentes de endemias perdem a moral para baterem nas casas alertando sobre os riscos da dengue. O exemplo tem que partir de casa ….

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Espera de 70 dias
A população já está acostumada a ouvir a explicação de que os ritos para execução de serviços públicos são demorados e cheios de surpresas. A entrega dos cartões com a ajuda de R$ 1.500,00 para as famílias atingidas pelas cheias de novembro começa hoje, 70 dias após a aprovação do Projeto de Lei que autorizou o executivo a conceder o benefício.
O que chamou atenção, e já causava uma inquietação entre as vítimas da enchente, é que o processo da enchente de junho foi muito mais ágil. Mesmo sendo a primeira vez que o Executivo realizava este tipo de ação, em apenas 31 dias após a aprovação do projeto na Câmara os cartões já estavam sendo entregues aos beneficiários.
Em regra, todo processo feito pela primeira vez é mais difícil e demorado. Mas o Recomeçar II fugiu a regra.

Chegada dos cartões do Recomeçar II foi celebrada pelo Executivo e Legislativo com pompa e circunstância

Ato político
A chegada dos cartões do Recomeçar II se transformou num movimento político. O prefeito Gustavo Zanatta convidou os vereadores para registrar a chegada dos cartões, em um ato simbólico no gabinete.

Todos os parlamentares, com exceção de Paulo Azeredo, estiveram presentes. Azeredo ao ser perguntado do porque da sua ausência, respondeu que não foi convidado. Mas o convite foi feito pela Secretaria Geral ao presidente do Legislativo, que convidou todos os vereadores na Tribuna da Câmara, na quinta-feira. Não foi feito convite personalizado.

Alguns observadores classificaram a agenda como mais uma ação de marketing da administração. Mais do que isto, é importante lembrar que o recurso de 2,7 milhões de reais, que vai beneficiar 1.800 famílias, foi viabilizado pelos vereadores, que abriram mão das emendas de bancada.

O gesto de reconhecimento é justo para com o Legislativo, especialmente em um ano de eleições municipais onde cada detalhe conta.

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