O artigo primeiro da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 estabelece que “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. Essa afirmação, central no contexto da democracia e da teoria política, ressalta a origem da autoridade governamental no consentimento popular. Ela sublinha a responsabilidade dos governantes em atuar em nome e no interesse do povo, enfatizando o direito dos cidadãos de participar ativamente na escolha de seus representantes e na tomada de decisões políticas.
Na semana passada, mais de 100 moradores de Santos Reis e região responderam ao chamado e participaram de uma reunião para deliberar sobre o uso de um recurso de R$ 550 mil.
O ponto em discussão era a pavimentação asfáltica ou não de um trecho da estrada de Santos Reis, que se estende do acesso à Escola Osvaldo Brochier até o antigo armazém. Embora parte da via já integre o projeto Transcitrus e possua pavimentação com pedra irregular, havia a opção de mantê-la como está. Por outro lado, o restante da via, conectando a BR 470 até Vitória (Maratá), já está asfaltado. O município foi contemplado com uma emenda originária da bancada gaúcha ao Orçamento da União.
A administração municipal poderia ter direcionado o recurso para outras finalidades, mas optou por conceder ao povo o poder de decisão. Neste caso, a comunidade respondeu de maneira exemplar, comparecendo em grande número e decidindo pela pavimentação asfáltica, considerando-a a melhor aplicação para o bem-estar coletivo.
A iniciativa da administração Zanatta de consultar os moradores sobre a alocação de recursos deveria ser uma prática comum na maioria das prioridades de destinação de recursos públicos. Sempre estabelecida com base na participação e na vontade da comunidade. Infelizmente, ações como essa são raras, não apenas na administração atual, mas também em gestões anteriores.
É crucial refletir sobre a possibilidade de motivações eleitorais, especialmente neste ano de eleições. Embora seja louvável a ação de consultar a comunidade, é legítimo questionar os gestores se essa abordagem será instituída como uma prática regular e abrangente, aplicável a todas as áreas de investimentos. Pauta essencial para discussão na campanha eleitoral. Tomara que sim!
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Procura-se pré candidato
Em um cenário político marcado pela divulgação de pré candidaturas na maioria dos Municípios, Montenegro destaca-se por um fenômeno peculiar: a ausência de pré-candidatos à Prefeitura por parte dos partidos de oposição.
PT, PDT e União Brasil afirmaram, em entrevista ao Ibiá, que estão em fase de diálogo com outras legendas, sem apresentar nomes para a disputa majoritária. O PSDB também segue essa linha. A exceção fica por conta do PT. Os demais partidos adotam uma estratégia de ‘candidato kinder ovo’, prometendo uma reviravolta nas expectativas políticas, com uma novidade.
O presidente do PDT, Luis Eduardo Conceição, foi um pouco além e disse ter um nome forte que pode concorrer a prefeito ou vice pelo PDT. E que esta pessoa já foi secretário da atual administração.
Os holofotes foram direcionados ao advogado Rodrigo Streb, que foi titular da pasta da Saúde e que recentemente teria saído do Progressista, justamente em função da entrada do partido no governo Zanatta.
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Conversas paralelas
Enquanto os partidos discutem a formação de uma frente de oposição contra o atual governo, o relógio eleitoral continua a contar os dias até o prazo final para alianças, estabelecido para o dia 5 de agosto, data limite para as convenções que oficializarão os candidatos. Até o momento, apenas um pré-candidato está em cena: o atual prefeito.
Enquanto seus adversários políticos estão ocupados em conversas, o pré-candidato em questão aproveita para ganhar vantagem, apresentando-se diante do eleitorado e defendendo o trabalho realizado até o momento.
Há rumores de que a aliança mais viável poderia ocorrer entre PDT e PSDB, devido ao histórico de relacionamento entre Paulo Azeredo e Márcio Menezes. Durante a administração de Azeredo, Márcio ocupou o cargo de secretário e ainda mantém uma sólida relação com ele.
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Nova rodada
Nas rodas de cafezinho fala-se sobre uma importante reunião, que teria acontecido ontem à noite com representantes de PT, PDT, PSDB e União Brasil.
Este seria o primeiro encontro onde todas as siglas estariam representadas. Em outras conversas não estiveram presentes todos os atores envolvidos. Também é dado como certo que o vereador Talis Ferreira fica no Progressista e vai a reeleição. Ele tem repetido que ainda há muito o que definir. Mas os Progressistas afirmam que ele já mudou de idéia.
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Agora não tem volta
O vereador Sérgio Souza, terceiro mais votado nas eleições de 2020 com 1.255 votos, originalmente eleito pelo PSB, assinou ficha de filiação ao MDB na última sexta-feira. Após passar por votação no Diretório Municipal do MDB para aprovação de seu ingresso, o vereador também recebeu propostas de outras siglas, sob o argumento de que não iriam submetê-lo a um processo de votação.
Tudo indica que o vice-prefeito Cristiano Braatz teve um papel significativo nessa mudança, trabalhando junto à executiva do partido para formar uma nominata forte de candidatos a vereador.
Na mesma noite, Onório Motta da Rosa, o Casão, que obteve 281 votos concorrendo pelo PDT nas últimas eleições, também assinou filiação ao MDB, e já se encontra na condição de pré-candidato a vereador.