As recorrentes cheias no Vale do Caí, especialmente na cidade de Montenegro, destacam não apenas a vulnerabilidade das comunidades locais, mas também a preocupante ausência de ações governamentais eficazes diante de uma tragédia que se repete com regularidade. O discurso contundente do presidente da Câmara de Vereadores de Montenegro, Talis Ferreira, na última sessão da Câmara, ecoa o desespero de inúmeras famílias cujas vidas são periodicamente devastadas por enchentes. Este desabafo revela uma dura realidade: a falta de iniciativas estruturais para mitigar os efeitos catastróficos das cheias.
A cada previsão de chuvas intensas, o temor e a incerteza se espalham entre os moradores do Vale do Caí. Para muitos, a recuperação das enchentes anteriores é um processo longo e oneroso, marcado por reconstruções físicas e emocionais. Quando o rio transborda, leva consigo, não apenas a estrutura física das residências, mas também a história, a dignidade e a segurança de famílias inteiras.
O que é alarmante, como salientado por Talis Ferreira, é a apatia dos governos federal e estadual frente a essa situação crônica. Discursos sobre projetos e intenções esvaziam-se quando não há execução concreta. A falta de um plano federal e estadual articulado, capaz de enfrentar a magnitude das cheias, demonstra uma negligência que perpetua o ciclo de sofrimento para os cidadãos do Rio Grande do Sul.
Soluções paliativas, como o desassoreamento de arroios, são passos positivos, mas insuficientes. A verdadeira necessidade reside em medidas abrangentes, em escala regional. Projetos que envolvam múltiplos municípios devem ser prioritários, considerando que a força dos rios transcende limites municipais.
A persistente ausência de ações estruturais gera não apenas danos econômicos imediatos, mas também um desgaste contínuo da confiança nas instituições públicas. Isto acarreta um agravamento nas condições de vida, fomenta a migração e reduz o potencial de desenvolvimento sustentável da região.
A declaração do vereador Talis é um chamado urgente por ação. É tempo de as lideranças políticas, em todos os níveis, priorizarem a segurança hídrica e a resiliência climática. A alocação de recursos e a implementação de projetos sustentáveis e de longo prazo devem ser colocadas no topo da agenda governamental. As lições repetitivas das cheias devem impulsionar a criação de soluções eficazes, evitando que Montenegro, e todo o Vale do Caí, fiquem à mercê das tempestades e das promessas de políticos oportunistas.
Zanatta prepara-se para novos voos
Quando Zanatta assinou no Republicanos, em março do ano passado, o Senador Mourão, que prestígiou o ato político, profetizou: “eu vejo no Zanatta uma liderança jovem com experiência e que pode, dentro do Republicanos, começar uma outra caminhada que pode levá-lo a voos cada vez mais altos”.
O prefeito Gustavo Zanatta realizou uma reunião na semana passada com apoiadores. No centro das conversas a sua pré-candidatura a deputado estadual nas eleições de 2026.
Este foi o primeiro ato em que o prefeito Zanatta, para um grande público, posiciona seu desejo de concorrer a deputado. O grupo presente, formado por apoiadores e equipe de trabalho, precisa ir além de aplausos, engajando-se desde agora, de corpo e alma, neste projeto que é de extrema relevância para Montenegro e o Vale do Caí.
Zanatta está tranqüilo com a continuidade do projeto de governo, por ele iniciado, tendo em vista que Cristiano Braatz, seu vice, está totalmente envolvido e comprometido com a execução do planejamento. Zanatta costuma dizer que é apenas um elo de uma engrenagem.

Transporte no interior
A vereadora Josi Paz realizou na semana passada reunião para tratar sobre linhas de ônibus para as comunidades do interior. Josi relatou que ficou bastante impactada com a realidade que a comunidade de Fortaleza vem enfrentando com a falta de transporte público, afetando as pessoas que lá vivem.

Diversas reuniões para tratar da carência de linhas de ônibus nos bairros e no interior já foram realizadas, sem sucesso. Josi informou que o secretário geral Igor Silvestrin prometeu em 15/20 dias trazer alternativas para aliviar o problema.
A narrativa que se arrasta desde antes da pandemia, e fortalecida pelas regras de isolamento durante o período mais crítico da covid 19, esgotou qualquer linha de bom senso. Está mais do que na hora da Prefeitura cobrar o cumprimento do contrato de concessão do transporte público ou apresentar alternativas de mobilidade.
Trânsito na Timbaúva
Vereador Percival Oliveira, Republicano, usou a Tribuna para falar sobre problemas de circulação na rua Dr. Bruno de Andrade, a pedido de moradores da Timbaúva, em função do grande perigo para quem circula na via.
Percival destacou ainda que o problema é antigo. Lembrou de uma consulta popular realizada há anos atrás, para saber se os moradores e comerciantes queriam a implantação de não única. Na oportunidade, a população optou em permanecer como é hoje.
Ele quer que o Conselho Municipal de Trânsito avalie mudanças no fluxo do trânsito. Ele acredita que, atualmente, inclusive moradores que no passado foram contra a implantação de mão única, mudaram de idéia.
Os anos passaram, a Timbaúva cresceu muito e, por conseqüência, o número de veículos e pessoas indo e vindo, também aumentou. Os riscos de acidentes são eminentes, diante de um trânsito caótico.
A preocupação do parlamentar é oportuna e algo precisa ser feito com urgência.

Plano de Mobilidade
Em novembro de 2023 ocorreu a primeira audiência pública, onde a empresa contratada apresentou o primeiro esboço do Plano de Mobilidade Urbana, estudo que teve início em janeiro daquele ano.
O Observatório veiculado em 05 de março de 2024, trazia a informação de que o Plano de Mobilidade Urbana retornaria à Câmara no prazo máximo de 30 dias, para debate e avaliação do Legislativo. Estamos em abril de 2025 e esta pauta extrema relevância não chegou a Câmara.
Enquanto isso, continuam os pedidos de colocação de quebra-molas, mão única e sinalização e outras questões relacionadas a mobilidade da cidade.
Problemas com a Corsan/Aegea
