O Ibiá tem enfocado nos últimos dias, no impresso e no programa Estúdio Ibiá, a frustração da população que diariamente enfrenta as dificuldades para atravessar a RSC 287, especialmente nas proximidades do Bairro Panorama.
Em janeiro deste ano havia promessa de que a EGR, Empresa Gaúcha de Rodovias, realocaria a lombada eletrônica, que estava nas proximidades da Estação Rodoviária para o Bairro Panorama. Em 1º de fevereiro a CSG, Concessionária Caminhos da Serra, assumiu a manutenção da rodovia e desde lá, sempre que questionada se sustenta na posição de que no plano de concessão a construção de passarelas está prevista para o 5º ano, ou seja, somente em 2027.
Diante disso, a situação continua preocupante e sem vislumbrarmos uma solução no curto prazo. Isso nos faz lembrar o que acompanhamos há poucos meses, sobre os perigos no trânsito na Via II. Foi preciso a morte de duas pessoas, em abril, e também a intervenção do Ministério Público para que alguma pequena ação fosse tomada para amenizar os riscos no principal ponto de acidentes, esquina da Via II com a Rua Amaury Daudt Lampert.
A preocupação mais freqüente, quando ouvimos as pessoas sobre a travessia da RSC 287, às margens do Bairro Panorama, é a pergunta: “Será que alguém precisa morrer para que tomem alguma atitude?”
É muito triste este cenário e o tempo já se esgotou. Não há mais o que esperar por negociações, articulações, etc . . . Tão pouco importa dizer que os pedestres não costumam atravessar nas passarelas e que não vai adiantar.
Só resta um caminho, uma esperança: o Judiciário. Ou próprio Executivo buscar na Justiça a responsabilização do DAER e a CSG, para uma solução imediata, ou ainda o Ministério Público, que tem a responsabilidade de salvaguardar os cidadãos, promova uma ação neste sentido.
Nosso papel estamos fazendo que é o de alertar, chamar atenção. Assim como fizemos sobre a Via II e que infelizmente acabou acontecendo um acidente com morte. Mas a responsabilidade está com os Poderes constituídos.
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Talis quer passarela
Há dias atrás o vereador Talis Ferreira, Progressista, esteve em reunião no DAER que é o fiscal do contrato junto a concessionária responsável pela RSC 287 em Montenegro. A reunião foi marcada pelo Deputado Estadual Neri, o Carteiro, PSDB, que dias antes esteve na cidade constatando in loco o que os pedestres enfrentam na travessia.
Estiveram presentes o próprio deputado, seu assessor Márcio Menezes e o vereador Talis Ferreira. Na oportunidade, o diretor do Daer se comprometeu em marcar uma reunião com o engenheiro fiscal do contrato e buscar solução. O próximo passo é reunião junto a concessionária e engenheiro fiscal do contrato, informou o vereador Talis Ferreira. O vereador defende a instalação imediata de passarela.
Curtas
Chamou a atenção que o vereador Talis Ferreira não buscou apoio de um deputado da bancada Progressista, seu partido, na Assembleia Legislativa. Seria este um sintoma clássico de sua aproximação para uma futura filiação ao PSDB?
O vereador tem dito, quando questionado se vai sair do Progressista, que tem muita água para rolar embaixo da ponte. No momento são 144 dias até o final da “janela partidária”, que se encerra no dia seis de abril de 2024.
Até lá muita coisa pode acontecer, mas em política também pode nada acontecer.
Mais cargos
Sobre a criação de sete cargos em comissão no Executivo, o vereador Talis disse na Tribuna que este governo não cumpriu a promessa de campanha de reduzir os CCs.
Ao contrário, é o governo que criou mais cargos, sem concurso público.
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Aos 45 do segundo tempo
Giovani Bender, suplente do MDB, foi avisado na tarde de quinta-feira, às 16h15, menos de três horas antes do início da sessão, de que deveria assumir como vereador naquela noite. Isso devido a ausência de Felipe Kinn, do mesmo partido, que assumiu como prefeito em exercício. Bender declarou que não teve tempo de preparar algumas demandas para apresentar. Mas, fez questão de falar sobre o projeto relativo ao FAS e sobre a necessidade de mobilização para que saiam do papel medidas para reduzir o impacto das enchentes, lembrando as várias cheias que ocorreram neste ano. “Por 30 votos não fiquei vereador”, recordou. Giovani conhece bem a casa, pois já atuou como secretário geral do legislativo.
A assessoria da Câmara informou que segundo o Regimento Interno, quando o presidente assume o cargo de prefeito, há a necessidade de se chamar um suplente. O suplente assume o cargo na sessão legislativa. Logo, não houve qualquer prejuízo, quanto a ser avisado às 16h15min, era previsível que ele deveria assumir.
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Herói da resistência
Tradicionalmente as audiências públicas não têm a adesão da população, indiferente do tema. Há poucos dias na apresentação do Plano de Mobilidade Urbana, a presença de pouco mais de 20 pessoas.
Na última sexta, foi a vez da Previsão Orçamentária do Município para 2024, um tema mais específico e que a participação popular não tem poder de interferência.
Mas o desinteresse bateu todos os recordes. Na audiência da proposta Orçamentária, apenas um espectador solitário e solidário, o presidente em exercício do Legislativo vereador Sérgio Souza, além dos técnicos da Prefeitura.
E, para colaborar, os canais oficiais da Câmara e da Prefeitura também não divulgaram que a audiência iria acontecer.
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Posse do novo Diretório do PT
Na última sexta-feira foram empossados os petistas que assumem a direção do partido para o mandato 2024/2025.
A palavra de ordem é eleição 2024: debater a cidade; ocupar espaços de luta em todos segmentos como LGBT, negros, mulheres; defender o governo Lula e os programas de desenvolvimento e renda; trabalhar sempre na democracia interna e buscar a unidade popular em Montenegro.
Para o presidente João Kniest, a eleição interna e a composição do DM demonstram a maturidade do partido, “mas é importante, e vamos trabalhar para isso, a construção de um projeto democrático e de desenvolvimento sustentável para o município com as forças populares de Montenegro”, enfatiza.