Terror!?

“Poças de sangue escorriam pelo balcão, às vezes se misturando com outros fluídos, resultando num lambuzo bizarro, cuja visão se embaçava com os vapores fétidos que emanavam. Desafiado por aqueles que duvidavam de sua capacidade, acabou por aceitar passar pelo ritual de iniciação. Só não imaginava precisar ir tão longe. Mas não tinha volta; precisava seguir em frente até o último suspiro.
Segurou a cabeça com firmeza, enquanto que com um só puxão, arrancou dois dentes, colocando-os junto da língua. Em seguida, removeu os olhos, para depois amassar. Também arrancou a pele. Cortou uma perna, depois a outra, e mostrando uma destreza com a faca na articulação, que nem sabia possuir, separou as coxas do resto. Sentiu os olhos se encherem de lágrimas quando finalmente juntou coragem para cortar a cabeça.
Enquanto sua faca deslizava pela carne entre as costelas, sua mente estava inquieta. Tinha certeza que os demais reconheceriam sua audácia. Sentia-se tão em êxtase pelo o que estava fazendo, que com a própria faca, espetou o coração, e o comeu com prazer.”
Está com medo? Desculpa, só queria mostrar duas coisas: Primeiro, que o terror pode ser plantado na mente das pessoas, com as sugestões certas. Segundo, que um texto pode mudar totalmente de sentido com a subtração de algumas palavras. Vejam com seus próprios olhos. Bons sonhos.
“Poças de sangue escorriam pelo balcão da pia, às vezes se misturando com outros fluídos de ingredientes descongelados, resultando num lambuzo bizarro, cuja visão se embaçava com os vapores fétidos que emanavam das panelas cozinhando legumes. Desafiado por aqueles que duvidavam de sua capacidade culinária, acabou por aceitar passar pelo ritual de iniciação dos Chef’s. Só não imaginava precisar ir tão longe no cardápio. Mas não tinha volta; precisava seguir em frente até o último suspiro da sobremesa.
Segurou a cabeça de alho com firmeza, enquanto que com um só puxão, arrancou dois dentes, colocando-os junto da língua na caçarola. Em seguida, removeu os olhos das batatas, para cozinhar e depois amassar, fazendo o purê. Também arrancou a pele de cinco tomates. Cortou uma perna de linguiça, depois a outra, e mostrando uma destreza com a faca na articulação, que nem sabia possuir, separou as coxas da galinha do resto da carcaça. Sentiu os olhos se encherem de lágrimas quando finalmente juntou coragem para cortar uma cabeça de cebola roxa.
Enquanto sua faca deslizava pela carne entre as costelas de porco, sua mente estava inquieta. Tinha certeza que os demais reconheceriam sua audácia nos temperos. Sentia-se tão em êxtase pelo o que estava fazendo, que com a própria faca, espetou o último coração de frango no prato de petiscos, e o comeu com prazer.”

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