A tetralogia de Fallot é a cardiopatia congênita cianogênica mais comum, caracterizada pelo desvio anterior do septo infunbibular. Ocorre de 9% a 11% dos casos de cardiopatias congênitas na infância, sendo sua prevalência em torno de 1 em 3.600 nascidos vivos.
A forma clássica é constituída por quatro características anatômicas constantes que caracterizam a tétrade típica:
Estenose Pulmonar; comunicação interventricular; cavalgamento da aorta e hipertrofia do ventrículo direito.
O prognóstico pós-natal dos fetos com Tetralogia de Fallot tende a ser pior quando se compara a séries pós-natais, isso provavelmente se deve à alta incidência de trissomias e anormalidades extracardíacas encontradas em vida fetal.
Os fetos portadores da forma clássica sem outras alterações genéticas ou malformações associadas costumam evoluir bem, com estabilização ao redor de 1 semana, nesta ocasião o recém nascido poderá receber alta, quando o canal arterial estiver fechado ou restritivo e aguardar o melhor momento cirúrgico em acompanhamento ambulatorial.
Além da forma Clássica, podemos encontrar outros dois subtipos a Tetralogia de Fallot com Atresia Pulmonar e a Tetralogia de Fallot com agenesia da valva pulmonar.
É importante lembrar que a hipertrofia do Ventrículo direito não costuma estar presente na vida fetal, razão pela qual este diagnóstico será provavelmente perdido caso o rastreamento pelo ultrassom se restrinja apenas à posição de quatro câmaras, por isso a fundamental importância da ecocardiografia fetal diagnóstica.