Restrição de crescimento Intra-uterino – CIUR

É uma incapacidade de o feto alcançar seu potencial esperado de crescimento, definida como uma condição em que há o peso estimado pela ultrassonografia abaixo do percentil 10 para sua idade gestacional. Porém esta definição não consegue distinguir fetos geneticamente pequenos daqueles patologicamente pequenos.

A detecção de fetos patologicamente pequenos é muito importante porque se associa com um pior resultado perinatal, como morte fetal intra-uterina; lesão cerebral perinatal e sofrimento fetal severo intraparto. Esta intercorrência afeta 3 – 10% das gestações está presente em 53% dos óbitos fetais prematuros e 26% a termo, é a segunda causa de morte perinatal.

O Professor Eduardo Gratacós da Fundacion de Medicina Fetal de Barcelona, expert que mais trabalhos tem publicado na literatura mundial sobre este assunto, classifica dois grupos de fetos pequenos, o Crescimento intrauterino restrito (CIUR) e Pequeno para a Idade Gestacional (PIG).

Em geral CIUR se associa com sinais na ultrassonografia com estudo Doppler que sugerem a presença de redistribuição hemodinâmica como reflexo da adaptação à desnutrição fetal/hipóxia e sinais histológicos e bioquímicos da enfermidade da placenta, além de um risco aumentado para pre-eclampsia.

Ainda podemos classificar o CIUR em precoce e tardio de acordo com a idade gestacional que a doença se instala.

PIG (Pequeno para Idade Gestacional) é o termo usado para classificar fetos constitucionalmente pequenos, que embora estando no percentil abaixo de 10 não apresentam alteração hemodinâmica ao estudo Doppler.

Importante ressaltar que através do exame Morfológico do primeiro trimestre podemos estimar o risco para o feto desenvolver RCIU.

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