Elegância: Repita o traje

Capa do livro “Na Sala Com Danuza”. A autora segura um cigarro em uma época nada politicamente correta e ainda assim adorável!

O primeiro livro de boas maneiras a que tive acesso foi “Na Sala com Danuza (1992)”. Ganhei como presente dos meus (sempre preocupados) pais no Natal do mesmo ano. No prefácio do livro, assinado pelo jornalista Renato Machado, uma entre tantas citações levei como determinante: “em muitas ocasiões, ela (Danuza) se achou com seus gostos, só, justamente por nunca ter feito parte de nenhuma maioria”. Bonita descrição para uma personalidade excêntrica. E aos 12 anos, compreendi que as escolhas estéticas, sensoriais e afetivas, podem nos levar a distinguir o bom gosto do meramente banal da existência para sempre.

Entre tantas citações, Danuza afirma: “Não se preocupe com a moda. Mas seja obsessiva com a elegância”. Máximas que vieram em mente na tarde de domingo, ao observar, através do Instagram, a conta de uma amiga na rede social. Elegante, não apenas pelas ideias e ações, mas pela maneira de encarar as suas relações com o vestir. Ela surgiu em um badalado evento, em que a grande maioria das moças vestia-se, acredito, com trajes inéditos, com um vestido que reconheci pela estampa, mas pelo que recordava era de outro modelo. No ato, para não me equivocar aqui neste texto, questionei a ela: esse vestido tinha mangas enormes? De imediato, ela respondeu: Sim, foi reformulado e fez o maior sucesso! Faceira da vida.

Danielle Vermmeer: upcycling

Atitude que até pouco tempo soaria como um ato de necessidade, por não possuir um modelo novo para o evento, fique claro que esse não é o caso da moça em questão. Ótimo, pois trata-se escolha, de autenticidade, de poder entre tantos que o mundo oferece, usar aquele vestido que já faz parte do acervo, e que deve ser usado quantas vezes der vontade.

Admirável moça que vem há anos adotando tal prática, a Princesa Kate, da Inglaterra, já acostumou os olhares, e vê-la repetindo seus trajes favoritos em muitos eventos tornou-se natural. E motiva todas nós a refletirmos sobre o sentido de vestir uma roupa: quando nos sentimos maravilhosas com ela, devemos usar sem medo da reprovação alheia. Isso é personalidade e também, consciência.

A iniciativa da estudante estadunidense Danielle Vermmer, que comprometeu-se a não comprar nada novo por dois anos para evitar o excesso de consumo e de gastos, tornou-se um estilo de vida. Questionando procedência dos tecidos e das roupas, ela descobriu o conceito de Upcycling- processo de criação de algo novo a partir do aproveitamento e reuso do que já se tem, transformando o pensamento de muitas pessoas. É a nova roupa, que não consome energia, não polui o ar e a água nem emite gases de efeito estufa. Logo, as correntes favoráveis ao movimento afirmam que a única peça de roupa realmente comprometida com o meio ambiente é a que já existe. Para se ter uma ideia, nas confecções do Brás e do Bom Retiro, na região central de São Paulo, em pesquisa realizada pelo Sinditêxtil-SP, todos os dias são geradas 20 toneladas de retalhos de tecido, material que é colocado nas calçadas e recolhido por caminhões como lixo comum, segundo o site Aprende Aí, em matéria de dezembro de 2017. Outro dado surpreendente apontado pela pesquisa, foi revelado pela Unilever, é de que 33% dos consumidores preferem marcas que impactem positivamente a sociedade ou o meio ambiente, sendo que esta é uma tendência maior em países emergentes como o Brasil, onde 85% dos clientes afirmam se sentir melhor quando adquirem produtos fabricados de maneira sustentável.

Tais conceitos e práticas nos convidam a perceber que as palavras de Danuza, lá nos idos dos anos 1990, estão cada vez evidentes, e que a obsessão com elegância na atualidade, vai além, e se encontra também nas escolhas conscientes que fazemos.

O Vestir e a Cidade:
Finalizando o mês de outubro com uma recordação dos saudosos Bailes da Primavera. Em 1999, a debutante Analuiza Santos com o padrinho do baile, o ator Henri Castelli. A colaboração foi da mãe da moça, a Prof. Clari dos Santos.

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Olhares
Judoca Isa: Isabela Rigon Lima, consagrou-se vice campeã gaúcha de judô –categoria mirim, na etapa classificatória para o campeonato nacional no último sábado, dia 19, em Tramandaí. Ela tem 08 anos, é filha da Roberta e do Lúcio, e representa a equipe Judô Oriente. Torcemos muito!

15 Alana: Também no sábado, no Porto Eventos, Claudia Rodrigues e Luís Gustavo Camilo comemoraram com alegre festa a chegada dos 15 anos da sua Alana.

15 Ana Laura: Hoje à noite, Nilza e Marco Kunrath recebem no Clube do Comércio para a comemoração dos 15 anos da sua Ana Laura.

Workshop Marina: Com estudos baseados na neurociência e na psicologia positiva, a especialista em comportamento humano e coach Marina Mottin, em parceria com a Solução Centro de Ensino, recebe para workshop voltado ao aperfeiçoamento das relações através de “combinados”. Na terça, dia 5, para pais e cuidadores de crianças a partir dos 2 anos.

Bailinho: Com essa graça de nome, no próximo sábado, dia 2, a turma do Cantegril Eventos recebe a moçada para festa ao som do carioca Vitão no Cantegril Clube. Para mais informações, acesse a página do evento no Instagram, que é de muito bom gosto. Ótima promessa!

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