Acredita-se que um período em que se questionava a eficácia e confiabilidade das vacinas, tenha sido superado pelo Brasil. O que estamos vivendo desde essa segunda-feira, até o dia 28, é uma retomada da confiança na ciência, nos médicos e enfermeiros. A Campanha Nacional de Multivacinação é um momento para selar essa paz, mas, sobretudo, de cercar e encarar as doenças virais, mortais e mutiladoras.
Caso ainda haja alguma indiferença dos adultos, cabe lembra que a Campanha é voltada as crianças e adolescentes. Um público que, de forma descrente, está na faixa etária mais vulnerável, seja as doenças, seja as decisões de seus responsáveis legais.
Se não bastasse a importância de retomar o protagismo do País no que tange o controle de moléstias, como a Paralisia Infantil, a ação tem um cunho protetor aos indefessos. Essa é uma aposta no presente, com certeza de ótimos frutos no futuro.
Além disso, aqueles que têm o dever – inclusive legal – de zelar pela saúde dos pequenos, não têm o direito de decidir por uma existência infeliz. As crianças e os adolescentes têm o direito de receber essa chance de ter uma vida saudável, direito esse, inclusive previsto no Estatuto que protege-os.
Além do mais, não há registro científico que prove algum malefício da imunização. Ao contrário, estamos cheios de provas incontestáveis de seus benefícios; que podem ser comprovados inclusive por uma criança correndo alegre no parque ou um adulto praticando esporte no final de semana. Campanhas mais impactantes evidenciaram a dor que a Paralisia Infantil é capaz de infringir ao ser humano, em um efeito prolongado. Essa realidade jogada na cara do brasileiro foi fundamental para extirparmos essa doença de nosso país.
O que aconteceu ao longo do caminho para sentirmos sua ameaça novamente? Há uma teoria de que o próprio controle das doenças através da prevenção é responsável pelo pensamento que ameniza sua presença, levando à dúvida que de fato existem e se transmitem. Mas está discussão é simplória para quem carrega carimbado no braço a vacina BCG, que em um período foi aplicado até dentro das escolas. Estamos todos aqui com alguma vacina correndo em nossos corpos.