São comuns as críticas ao Sistema Único de Saúde (SUS), normalmente geradas pelas dificuldades em conseguir uma consulta ou exame especializado, pela demora por uma cirurgia eletiva, pelos hospitais lotados, alguns até com macas nos corredores pela falta de leito. As carências da saúde pública já motivaram muitos editoriais e reportagens, mas também há coisas boas para se falar sobre o SUS.
Reportagem publicada nesta edição aborda o programa “Melhor em Casa”, oferecido no município com recursos do Governo Federal. A ação facilita o acesso ao atendimento médico por pacientes com dificuldade de se deslocarem até um posto de saúde ou a um hospital. Os depoimentos revelam o quanto esse atendimento faz diferença na qualidade de vida dessas pessoas.
O programa é um exemplo de que a saúde pública pode ser eficiente, basta que os recursos sejam bem aplicados e os profissionais sejam comprometidos com um atendimento qualificado à população. E recursos existem, pois os cidadãos fazem sua parte pagando impostos, que deveriam retornar na forma de ações que garantam serviços, e o da saúde é um deles.
Embora sejam muitos os discursos políticos apontando a falta de dinheiro para custear serviços públicos, a alta carga tributária demonstra que, em muitos casos, a carência é de gestão, eficiente e honesta, dessa receita oriunda dos impostos. Felizmente, porém, temos exemplos, como o “Melhor em casa”, de que ainda há bons serviços públicos.