Um alerta sobre nossa água

O final de semana foi de indignação com a Corsan Aegea. Foram dois dias com cortes no abastecimento de água em metade de Montenegro, somando algo como 24 horas no seco. Apenas quem viveu seu período de descanso sem poder lavar roupas e residência, ou tomar um banho satisfatório, sabe o que representou o problema com os rompimentos na rede.

Um sentimento muito expressado através de palavra foi “desrespeito”, totalmente compreensível para quem tem como obrigação pagar em dia sua conta. Ainda mais agora que o serviço está privatizado, o valor não é somente pela água consumida, mas também para receber atendimento e serviço qualificado. O cidadão que cumpre seu dever se sente desvalorizado.

Neste momento de protesto é inevitável a comparação com os tempos da empresa estatal, colocando em dúvida o benefício da privatização. A promessa foi de eficiência, o que curiosamente não aconteceu em Montenegro no último final de semana, com dois rompimentos, no mesmo endereço. Além do mais, a demora para realizar o conserto e retomar o abastecimento também incomodou a comunidade. Em 2022 o Município assinou aditivo ao contrato original de 2012, que originalmente valia por 30 anos, então até 2042; e foi estendido até 2062. Isso aconteceu com a Corsan ainda pertencente ao Estado. Novamente em redes sociais, a cobrança sobre a Administração Municipal era pela aplicação de uma multa à Aegea, prerrogativa que todos esperam que esteja contemplada em artigo do novo contrato, agora assumido pela empresa.

A gravidade deste final de semana consolida que, mais do que nunca, o povo precisa estar atento ao serviço que será prestado; cobrando postura, especialmente, do Governo do Estado e agência reguladora Agergs. Como neste setor não há concorrência, tirando opção do consumidor em escolher o melhor prestador; e acesso à água limpa e segura é direito humano essencial, cada promessa feita deve ser anotada no caderno de posturas cidadãs prioritárias de todos os gaúchos.

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