Já dizia a música da banda Jota Quest, “vivemos esperando dias melhores pra sempre”. Mas será que vale a pena esperar?
Na página 16 dessa edição, falamos sobre o mês de agosto e sua fama de ser um período de mau agouro. Recorrentemente, ouvimos expressões como “mês do desgosto” ou “mês do cachorro louco”, além de tantas outras crendices populares. Mas, afinal, o que faz um mês específico ter tanta má fama? Assim como o – injustiçado – agosto, tantas outras crendices existem por aí. Cruzar com gatos pretos, passar embaixo de escadas, quebrar espelhos e até deixar um chinelo virado são exemplos que, segundo o senso comum, atraem azar.
Essas crenças podem até fazer sentido para algumas pessoas. Claro que nunca é demais ter cuidados com a sorte. Mas o que não pode acontecer é deixar que essas superstições interfiram na nossa chance de ter um mês maravilhoso. Afinal, quem define, no fim das contas, como será o mês, são nossas decisões diárias.
Não adianta desvirar o chinelo para salvar a mãe, se sequer ligamos para perguntar como ela está, não a ajudamos nos afazeres domésticos ou não lhe reservamos um tempinho de atenção. Desviar do gato preto é em vão, principalmente quando se trata de um animal de rua. Talvez dê muito mais sorte – e um amor incondicional – oferecer comida e um abrigo ao bichinho. Evitar passar por baixo de escadas também não resolverá nada, se continuarmos a atravessar a rua fora da faixa de pedestres ou se dirigirmos acima da velocidade.
Não somos contra uma bênção – e até uma simpatiazinha – afinal, mal não vai fazer, né? Mas, muito mais do que isso, parte de nós e da nossa própria vontade de mudar e ter boas atitudes, a definição de como será esse mês que inicia hoje. Fazer o bem, tirar aquele projeto do papel, começar a poupar – nem que seja R$ 10,00 por mês. Resoluções de Ano Novo que estão sendo postergadas podem transformar o mês do desgosto em um mês de recomeço. Que tal?